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Iapen pretende restringir visitas íntimas em presídios, afirma diretor

Em entrevista ao site ContilNet, o novo diretor do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (apen), Lucas Bolzoni, confirmou que a maioria dos comandos para práticas de crimes no estado parte de dentro dos complexos prisionais, onde estão detidos os líderes de facções e a comunicação desses com o mundo externo é feita por meio de parentes (esposas) e amigas dos detentos.

O diretor pretende solicitar da juíza da Vara de Execuções Penais, Luana Campus, medidas no sentido de restringir a periodicidade de visita por parentes, que ocorrem semanalmente, diminuindo para apenas uma vez por mês.

“A visitação de parentes dos presos é constitucional, mas o que queremos é limitar essas visitas e acabar com a visita inclusive das que são chamadas de amigas dos detentos”, garante Lucas.

As conhecidas “amigas”, segundo o diretor, na maioria, são garotas de programa que frequentam os presídios, munidas inclusive de carteirinhas fornecidas pelo próprio Iapen.

“Essas pessoas solicitam da Vara de Execuções Penais o documento, alegando serem amigas dos presos e o Iapen é obrigado a liberar a entrada delas. Ha vários registros de brigas entre mulheres dentro da penal, onde as esposas de determinados presos entram em conflitos com essas mulheres. Vamos acabar com isso”, disse.

Lucas afirmou ainda que se for possível acabar com a comunicação dos líderes de facções criminosas com o mundo externo, a onda de delitos terá uma redução significativa, trazendo de volta a sensação de segurança que a sociedade precisa.

“Além de restringir as visitas íntimas, os presos não vão ter mais rádio e nem TV. Esses equipamentos servem apenas para que eles (detentos) fiquem cientes por meio da imprensa que os seus comandos aos seus soldados do crime foram atendidos pela ordem dada”, finalizou. (Salomão Matos / ContilNet)

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Fabiano Azevedo: