Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Alcoólicos Anônimos completam 39 anos de fundação no Acre

Os Alcoólicos Anônimos (A.A) completam, nesta quarta-feira, 27, trinta e nove anos de fundação no Acre. As reuniões do grupo já ajudaram muita gente que sofria com a dependência de álcool a superar o problema.

O primeiro grupo de A.A no Acre foi fundado em 27 de fevereiro de 1980, denominado Grupo Central Dom Giocondo Marias Grotti, e funcionava em uma sala anexa à Igreja Santa Inês. É o que conta o padre Mássimo Lombardi, amigo do projeto desde a fundação.

“Eu me lembro de que em 1980, antes do Carnaval, o Eduardo Guimarães chegou à Santa Inês apresentando o projeto de alcoólicos anônimos, que já existia no mundo e no Brasil. Fiquei atencioso e interessado nesse projeto. Deixou passar o Carnaval, aí o Eduardo com seus amigos começaram a semear as primeiras sementes. Ele pediu uma sala lá na Paroquia Santa Inês, que nós cedemos com muito gosto”, recorda.

De lá pra cá, o projeto aumentou e hoje o A.A possui 25 grupos funcionando no Acre, sendo 11 em Rio Branco e um na Cidade do Povo. Cada encontro reúne, em média, 15 pessoas.

“Os frutos foram grandes porque o que a gente chamava de viciados começamos a chamar de dependentes de alcoolismo. O alcoolismo não é um vício, é uma doença que tem que ser tratada, inclusive com a terapia, que os A.A oferecem”.

Lombardi conta que através da filosofia de 12 passos, que ajudam uma pessoa dependente de bebida alcoólica a ficar longe da embriaguez, ele pôde ver vidas sendo transformadas.

“As famílias recuperavam sua harmonia, as lágrimas dos olhos se enxugavam. Foi quando eu vi que o A.A podia fazer a diferença aqui no Acre, onde não havia, naquela época, dependência de drogas. O alcoolismo era a primeira causa de violência e de separações de famílias, inclusive de doenças mesmo”, disse.

Desde 1967, o alcoolismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como doença. Quem já sofreu os mais graves efeitos dessas substâncias, não recomenda nem o primeiro gole. Porém, o padre destaca: existe saída.

“Posso dizer que por onde o grupo de A.A passa e permanece realmente, a vida continua com mais esperança. As famílias são mais felizes e as pessoas mais sadias e saudáveis. Aquele trabalhador que estava perdendo seu emprego por alcoolismo, agora é um bom profissional”, relata Lombardi.

Sair da versão mobile