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Ato contra reforma da previdência reúne centrais sindicais em Rio Branco

 

FOTO /CEDIDA

Trabalhadores e representantes de pelo menos seis sindicatos se reuniram, nesta quarta-feira, 20, para protestar contra a reforma da Previdência, apresentada pelo Governo Federal. O ato ocorreu em frente à Central de Serviço Público de Rio Branco (OCA).

A manifestação ocorreu em todo o país. No Acre, o ato foi organizado pela Central Única dos Trabalhadores no Acre (CUT/AC) com o objetivo de pressionar a bancada federal acreana sobre as mudanças que a reforma propõe.

O vice-presidente da CUT/AC, Edmar Batistela, destaca a importância de a população entender os prejuízos que a reforma causará, sobretudo à classe trabalhadora.

“Existem muitos pontos que atacam os direitos dos trabalhadores, por exemplo, a aposentadoria por tempo de contribuição vai praticamente extinguir. O trabalhador para poder se aposentar com 100% dos direitos, mesmo com 65 anos, terá que contribuir 40 anos. São mudanças que vão afetar os trabalhadores, inclusive aqueles que estavam perto de se aposentar. Isso nos preocupa muito”, declara.

Batistela lembra que o atual presidente Jair Bolsonaro chegou a criticar vários pontos da reforma proposta pelo ex-presidente Michel Temer.

“O governo foi eleito afirmando que a possível reforma trabalhista apresentada pelo governo anterior era desumana, e agora apresenta uma reforma que ataca ainda mais os direitos dos trabalhadores”, aponta.

O sindicalista afirma ainda que o momento é difícil, principalmente para os trabalhadores que ainda não compreenderam as consequências que a reforma irá trazer.

“Fizemos esse ato para chamar atenção da população e dos trabalhadores sobre essas mentiras que estão contando na mídia, que a Previdência está quebrada por causa dos trabalhadores, que daqui a alguns anos não terão como bancar a aposentadoria dos trabalhadores. Tudo mentira. O trabalhador sempre trabalha muito e ganha pouco e, mais uma vez, esse governo quer iludir a população afirmando que há necessidade dessa reforma para que a classe trabalhadora tenha uma aposentadoria futura. O que o governo tem que fazer é investir no social e no trabalhador, que tem que ter o mínimo de dignidade no final da sua vida profissional”, desabafou.

Força sindical

Em nota, a central Força Sindical reafirmou seu posicionamento contrário à proposta de reforma considerada pela categoria como uma “perversidade que só prejudica os trabalhadores menos favorecidos economicamente”.

“Lutamos por uma Previdência universal e sem privilégios. Quaisquer alterações precisam ter como princípio básico que os aposentados recebam benefícios com valores suficientes para oferecer-lhes uma vida saudável e digna. Pagar um valor abaixo do estabelecido pelo salário mínimo é entregar apenas uma “esmola” para os milhões de aposentados que ajudaram a construir este País”, diz trecho da nota.

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