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Deputados da situação e oposição travam embate a respeito de decreto de Gladson

Os debates na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) na terça-feira, 12, foram em torno do decreto que limita em 25% a participação de empresas acreanas na pesquisa de preço feitas por órgãos públicos do Estado antes de iniciar o processo de licitação. A medida, que gerou discussão e dúvidas entre os empresários locais, com direito ao vai e vem da Acisa sobre a matéria, foi amplamente debatida entre os parlamentares.

O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) disse que a iniciativa do governo foi desmedida ao passo que não convidou os empresários para uma discussão ampla a respeito do assunto. Isso gerou um desconforto e uma insegurança dentro da classe empresarial.

“É um tema polêmico. Não é um tema menor. Não se trata apenas de recursos carimbados. Trata-se de todas as formas de aquisição seja por pregão eletrônico ou presencial. Há uma mudança significativa, substancial. Tem consequências no comércio local? Enormes” pontua o deputado.

O parlamentar disse não entender como o novo governo fala tanto em tirar o Acre da economia do contracheque, mas ao mesmo tempo desestimula o empresariado acreano. “Aqui, me lembro das palavras do governador que chamava essa Casa para o debate, para o diálogo, para conversação. Eu apresentei um requerimento para que a Aleac faça a condução desse diálogo. Isso tem haver com políticas de compras governamentais. Todo mundo questiona o Acre, o Estado do contracheque, que sua economia é rala. E o que vemos é uma contradição”, pontua.

O deputado comunista pediu que a secretária de Estado de Fazenda, Semírames Oliveira, compareça à Aleac para explicar pontos do decreto aos deputados e empresários. “O que existe é um ataque à economia local. Na hora que você estabelece que 75% é para os de fora, não sobra nada para dividir”, salienta.

Em contraponto a Edvaldo Magalhães, o líder do governo na Aleac, deputado Gehlen Diniz (Progressistas) pediu que os deputados que compõem à oposição na Casa trabalhem com a verdade.

“Ampliou-se para três empresas de fora. Isso é bom para a licitação, para ter um preço de referência. Critiquem, mas fundamentados. Se informem antes”, pontuou o progressista.

O líder governista foi além e disse que os colegas estavam mentindo a respeito do que diz o decreto. Irritados, Fagner Calegário (PV) e Edvaldo Magalhães pediram respeito ao deputado Gehlen Diniz. Magalhães disse que Diniz, por se líder, deveria manter o equilíbrio e o respeito com os pares senão perderia a autoridade de líder a ele confiada. Já Calegário rebateu dizendo que quem mentiu com relação à matéria foi Diniz. Aos discursos dos dois deputados oposicionistas, Gehlen Diniz afirmou que não pediria desculpas. “Não vou lhe pedir desculpas, as acusações deste decreto são mentirosas”, frisou Diniz.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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