Em tempos de busca por novas fontes econômicas para a geração de emprego e renda no Acre, como a abertura do Estado para o agronegócio, o IBGE revelou no final de 2018 que 48% da sua população vivem abaixo da linha da pobreza. O índice é superior à Rondônia que tem 26% apenas da sua população abaixo da linha da pobreza. Os números refletem os anos de 2016 e 2017.
Em uma escala cronológica dos dados, Acre e Amazonas têm os mesmo percentuais, 48%; Pará e Amapá 46%; Roraima 36% e Tocantins 33%, na região Norte.
No País, Maranhã e Alagoas têm os maiores índices de pobreza, 54% e 49% respectivamente. Santa Catarina e Rio Grande do Sul possuem os menores indicadores, 9% e 13% respectivamente.
Quando se fala em extrema pobreza, o Acre desponde em primeiro lugar. De acordo com o estudo do IBGE, são 17% dos acreanos em situação de extrema pobreza. Amazonas tem 14%, Rondônia e Tocantins registram apenas 6%.
Para saber o tamanho do reflexo disso, dados do Observatório Nacional do Plano Nacional de Educação revelam que apenas 74,2% das crianças acreanas, em 2015, estavam na escola na faixa etária de 4 a 5 anos, quando é obrigatório. Entre 2016 e 2017, esse número teve uma leve melhorada chegando aos 79,5%. A educação infantil cabe às prefeituras.
O governador Gladson Cameli (PP), em discurso na última sexta-feira (22), na Federação da Agricultura e Pecuária do Acre, disse que o Acre precisa modernização sua política de arrecadação para tornar o Estado mais competitivo e assim atrair investidores.
“Vou atrás da iniciativa privada para que o Estado do Acre se torne um estado competitivo. Nós temos que mudar essa política, às vezes o governo perde no início, mas ganha lá no final. São essas coisas que esse tipo de política tem que mudar e essa vai ser a nossa visão. Olha que eu fiz uma reforma administrativa, meti a tesoura e cortei mesmo”, disse o governador acreano.