Os servidores do pró-saúde serão demitidos a partir do mês de março. Ainda sem acordo com o Governo do Estado, a categoria realizou assembleia geral nesta quinta-feira, 14, para definir sobre a manifestação que ocorrerá na próxima semana.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sintesac), Adailton Cruz, mesmo tendo sido uma das bandeiras de campanha do atual governador Gladson Cameli, a equipe do governo ainda não chamou os sindicatos para tratar sobre a regularização dos servidores.
“O Gladson se comprometeu que não iria demitir mais ninguém e que iria regularizar o pró-saúde. Mas até agora não nos recebeu e está chegando o período das demissões. Queremos que equipe do governo nos receba para juntos definirmos como será essa regularização, ou senão irão fazer”, disse.
Para a categoria, a melhor forma de regularização seria transformar a empresa em autarquia. Assim, os trabalhadores aprovados em concursos públicos seriam efetivados em seus cargos. Atualmente, o Pró-saúde conta com 1.297 servidores no Acre.
Caso não haja acordo com o governo, Cruz afirma que existe a possibilidade da categoria deflagrar greve, o que causaria um caos na saúde pública do estado.
“Se não tiver acordo, vamos fazer greve e acionar a Justiça comum e usar o que pudermos. A proposta de acordo nós já temos, só falta conciliar”, conclui.
Entenda o caso
Criado pelo governo de Binho Marques, o Pró-Saúde seria era, a princípio, um programa de prestar serviços de assistência à saúde e desenvolver pesquisas, mas o MPT alega que houve desvio de finalidade e precarização de mão de obra. Por isso, em março de 2017, começaram as demissões.
Uma decisão da Justiça prolongou o prazo de demissões de todos os servidores para 31 de março de 2020. Porém, 30% dos servidores já serão demitidos no próximo mês. Outros 30% serão demitidos em setembro e o restante em março de 2020, data prevista para extinção total dos servidores oferecidos pelo programa.