A Secretaria Municipal de Saúde está fazendo um chamamento público para consumidores do açaí vendido no Mercado Elias Mansour, para que façam exame de diagnóstico para doença de chagas.
Segundo o secretário da pasta, Otoniel Almeida, após colher amostras do produto vendido no mercado, foi identificado protozoários causadores da doença de chagas. Por isso, quem tomou açaí do Mercado Elias Mansour entre novembro do ano passado e janeiro desse ano, deve fazer o exame.
“Ao fazer a análise da amostra nós identificamos fragmentos positivos do protozoário causador da doença de chagas. A Prefeitura, tomando medidas dentro das regras e protocolos, convida a população, que nesse período consumiu açaí oriundo exclusivamente do Mercado do Elias Mansour, ou do seu entorno, para realizar os exames necessários”.
As pessoas que irão fazer o exame devem procurar o laboratório de saúde do Estado, o Lacen, a partir de segunda-feira, 4, até o dia 18 de fevereiro. O resultado é divulgado em até três dias úteis. O horário atendimento é das 7h às 12h e das 14h às 17h.
Como medida preventiva, todos os comerciantes do mercado, produtores e fornecedores também realização o exame, segundo o secretário.
FISCALIZAÇÃO
A prefeitura de Rio Branco, através da Vigilância Sanitária, fez inspeção, no final do ano, nos mercados Elias Mansour, do Quinze, Ceasa e pontos de comércio popular do bairro Manoel Julião. As amostras foram satisfatórias na maioria dos estabelecimentos, com exceção do mercado localizado no Centro de Rio Branco.
Nesse sentido, a equipe de Vigilância Sanitária realizou, nesta sexta-feira, 1, uma ação em três pontos de beneficiamento que abastecem o mercado. Amostras foram colhidas para serem analisadas.
“É uma ação educativa, mas também uma ação de apreensão de açaí. Estamos contabilizando a quantidade de litros de açaí para divulgarmos o resultado da ação. É importante que a Prefeitura vem realizando monitoramento da qualidade e produtos da nossa cidade, que não é uma qualidade do açaí”.
Até 2010, segundo a Secretaria de Agricultura de Rio Branco, a comercialização e o processamento do açaí eram feitos nos boxes do mercado. Porém, após verificar que o espaço era pequeno e inapropriado, o processamento do vinho da fruta passou a ser feito em agroindústrias ou de forma artesanal em outros locais.
O secretário da pasta, Elysson de Souza, remendou aos comerciantes a procurarem a secretaria para verificarem o registro dos fornecedores. “A gente sabe que o açaí é um produto feito de forma artesanal, mas deve ser expedida um certificação que apresenta a origem do produto”.