Quatro dias após a rede de supermercados Gonçalves fechar sua filial no Acre, as Lojas Romera também podem deixar de operar. A empresa passa por um processo de recuperação judicial desde 2018. Especializada no segmento de eletrodomésticos, 22 lojas compõem o grupo no Estado.
A rede de lojas Romera ocupa o 9° lugar no mercado varejista de eletrodomésticos no País, de acordo com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). Ela chegou a faturar mais de R$ 1 bilhão em 2013 e ter 220 lojas em diversos estados brasileiros e quatro mil funcionários diretos. Mas, uma crise de gestão e do próprio setor de varejo fez com que a empresa pedisse recuperação judicial em maio de 2018.
A GAZETA tentou contato com diretores da Romera no Acre e via web, no site da empresa, mas, até o fechamento desta edição, ninguém foi localizado para comentar a respeito do assunto.
Além dessas duas empresas, a Laminados Triunfo também está em recuperação judicial. É o que diz edital publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) da edição de ontem, 21. O edital convoca credores para deliberar sobre o Plano de Recuperação Judicial da empresa.
A Peixes da Amazônia, especializada no fornecimento de alevinos e cortes finos de peixes, tem passado por crise. A empresa busca uma reestruturação por meio do Plano de Estruturação a ser implantando no sentido de ‘salvar’ o empreendimento.
De acordo com Egídio Garó, assessor da Fecomércio/Acre, a alta carga de impostos, dificuldades de logística e o desaquecimento da economia têm levado os empresários a buscarem outras praças para instalarem seus negócios.
“Por conta do mercado desaquecido, as dificuldades logísticas, o alto impacto dos impostos, o grau de endividamento dos consumidores e seu consequente inadimplemento, especificamente se o financiamento for por conta da própria loja. Além disso, a instabilidade financeira e econômica do país, ao longo dos últimos anos, fragilizaram as operações dos grandes grupos, conduzindo-os a centralizar suas operações somente naquelas regiões onde haja centralização do consumo”, disse Garó.