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Bombeiros registram mais de 800 capturas de animais silvestres no Acre

É durante o inverno Amazônico, conhecido pelo período chuvoso, que se observa com mais frequência a presença de animais silvestres em casas, quintais e locais próximos a áreas verdes.

Somente este ano, o Corpo de Bombeiros realizou 867 capturas de animais no Acre. Só em Rio Branco, foram 317 ocorrências envolvendo bichos de várias espécies como serpentes, escorpiões, aranhas, lacraias, jacarés, bicho preguiça, entre outros.

Nesta quarta-feira, 20, os bombeiros capturaram uma jiboia de 2,5 metros de comprimento dentro de um prédio público, em Sena Madureira. O animal que pesava cerca de 12 quilos foi solto em um local afastado da cidade.

No começo desta semana, uma jararaca de mais de um metro de comprimento foi encontrada na cozinha de uma residência localizada no bairro Jardim Europa, em Rio Branco.

Segundo o major Cláudio Falcão, neste período chuvoso é comum o aparecimento de animais silvestres, inclusive espécies peçonhentas, em áreas residenciais.

“O rápido crescimento de arbustos e o acúmulo de lixo e entulho também são fatores que contribuem para o aparecimento desses animais. Muitas dessas cobras saem de locais alagados em busca de um local mais seco pra ficar. A jiboia, que é o animal mais resgatado pelos bombeiros, se adapta muito bem a locais molhados, mas mesmo assim elas acabam entrando nas residências”.

O número de acidentes com animais peçonhentos aumentam cerca de 20% no período chuvoso. Para evitar acidentes, o major dá algumas recomendações à população sobre os cuidados que devem ser tomados ao se deparar com um bicho silvestre.

“O conselho é sempre o mesmo: não entrar em embate com o animal, não matar o animal e chamar o Corpo de Bombeiros para fazer a captura. Se estiver dentro da sua casa, deixar o cômodo fechado e se afastar do animal pra não estressá-lo”.

Falcão alerta, mais uma vez, que a picada de um animal peçonhento pode levar uma pessoa a óbito em poucas horas.

“A pessoa que seja vítima de uma mordida de uma cobra, por exemplo, deve procurar atendimento médico urgente. E evitar aquelas coisas folclóricas como furar para tirar o veneno, colocar borra de café, colocar folha, são situações que não são aconselhadas. A pessoa precisa procurar atendimento médico”.

Os animais capturados podem ter dois destinos: o retorno para o habitat natural ou atendimento veterinário, caso haja necessidade, de acordo com Falcão. Vale ressaltar que matar animais silvestres é proibido pelo Ibama.

FOTO/ Divulgação bombeiros

 

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