O anúncio da realização da Quina carnavalesca deste ano, com a participação mais efetiva da iniciativa privada, dividiu a opinião dos rio-branquenses. O “FelizCidade”, como será intitulado o evento, acontece de 1° a 5 de março, na Avenida Brasil, entre as ruas Marechal Deodoro e Getúlio Vargas.
Para a funcionária pública, Ione Costa, a decisão é acertada. Ela lembra que o Acre vive uma crise econômica. Nesse sentido, não seria interessante disponibilizar recursos públicos para essa finalidade. “O governo precisa suprir as necessidades básicas da sociedade. Deixa o Carnaval para quem tem dinheiro e gosta da festa”, completou.
Já a universitária Eliane Trindade defendeu que o governo garanta pelo menos a parte de segurança com um planejamento mais ostensivo. Temerosa por ataques de facções criminosas, ela ponderou que “sabemos que no Carnaval todos se encontram, uma vez que Rio Branco é pequeno. Acredito que não é muito legal fazer Carnaval privado”.
A jovem Ceiça Alencar acrescentou que não é fã de Carnaval. Para ela, seria interessante que, ao invés da preocupação com a festa, os investimentos fossem direcionados para outras prioridades. “Olha, não gosto de Carnaval. É um festival que ocorre antes da quaresma. Isso todos sabem. Seria interessante que prefeitura e o Estado gastassem mais com Educação. Carnaval quem quisesse gastar de seu próprio bolso que fique à vontade. Muitas escolas estão de pé com investimentos e vaquinhas dos próprios professores, então, eu estaria me contradizendo se dissesse que sou a favor”, afirmou ela.
Secretária diz que governo garantirá a Segurança
Com relação ao tema, a secretária de Turismo e Empreendimento, Eliane Sinhasique, frisou que o governo garantirá a segurança dos foliões, cabendo apenas aos empresários os custos com aparelhagem de som, iluminação, pagamento de bandas, entre outras demandas para a realização da festa.
“O governo entraria com o apoio institucional, com parte da segurança e também com a disponibilização de ambulâncias. Será um apoio institucional. O resto, tipo pagamento de banda, som, iluminação, palco, fechamento de grades, ornamentação, tudo isso ficaria para a iniciativa privada em troca, obviamente, de espaço publicitário na avenida”, pontua.
Quanto ao interior do Estado, Sinhasique disse que caberá às prefeituras a organização da festa. “As prefeituras são quem vão tomar conta dos seus carnavais. Não temos trabalhado isso. Aqui em Rio Branco, também, a Prefeitura de Rio Branco vai fazer em seis bairros e uma matinê no Novo Mercado Velho”, destaca a secretária.