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Em visita à plantação de soja na BR-364, ministra da Agricultura diz que ‘Acre acordou para o mundo’

FOTO/ODAIR LEAL- SECOM ACRE

Em meio ao plantio de soja já no ponto da colheita na BR-364, em Rio Branco, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que o Acre despertou para o desenvolvimento. Sem citar gestões anteriores, a ministra disse que o Acre pode avançar na produção, utilizando os 13% já explorados e ampliando essa área.

“Vocês têm apenas 13% do território aberto. Vocês podem ter até um pouco mais, mas nesses 13% tem que produzir. A soja ela é o carro chefe da agricultura brasileira. Mas tem o milho também. Vocês precisam ter ração para bovinos, para porcos, frangos. E essas cadeias produtivas elas vão trazer emprego, vão gerar renda, vão trazer prosperidade para oAcre. E eu fico muito feliz que o Acre acordou para o mundo e quer se desenvolver”, pontua a ministra.

Tereza Cristina destacou que o Brasil tem vocação para o agronegócio. “É inequívoca essa vocação. O que nós precisamos é ter uma produção organizada, ter uma convivência entre as cadeias produtivas, não pode ter uma monocultura e eu tenho certeza que vindo a soja, outras culturas virão também”, salienta.

Agricultura Familiar

Ao falar especificamente aos agricultores familiares, a ministra de Bolsonaro salientou que a regularização fundiária na Amazônia, principalmente no Acre, é urgente. Pela fala da ministra, o objetivo do Governo Bolsonaro é fazer com que os produtores rurais andem com as próprias pernas e isso passa, necessariamente, pela concessão de crédito nos bancos. Logo cedo, antes de visita o plantio de soja, a ministra disse a um auditório lotado por agricultores e pecuarista na sede da Federação da Agricultura que terá uma conversa com o Banco da Amazônia para agilizar o financiamento aos produtores. Tereza Cristina também ressaltou a importância das cooperativas para o desenvolvimento do Acre e citou como exemplos experiências de cooperativismo do semiárido brasileiro.

“Acho que todos têm lugar ao sol e o pequeno produtor ele pode produzir muito. Hoje a gente tem muitas linhas de crédito, muitoapoio ao pequeno produtor. Um pouquinho do que entendi que vocês precisam ter mais uma atenção na questão fundiária. Temos que resolver a questão fundiária para que eles tenham acesso ao crédito, que eles possam ser donos do seu nariz, poder resolver o que querem plantar. Acho que é um potencial enorme. Eu vi que no Acre vocês tem uma base fundiária de médios e pequenos produtores, 73%. Nós temos no Ministério da Agricultura hoje políticas para atender os pequenos e médios produtores”, destacou.

Exportação para o Peru

Quanto a exportação de produtos do Acre, como a carne bovina, para o Peru, Tereza Cristina disse que a Secretaria de Relações Exteriores do Ministério da Agricultura tem trabalhado no sentido de abrir esse mercado. Mas, ponderou que isso leva um tempo para se efetivar.

“Uma das secretarias mais importantes e atuantes que temos é a Secretaria de Relações Internacionais. Já estamos conversando com o Peru essa abertura de mercado. Não é só mandar para lá. Nós também temos que receber coisas deles aqui. É uma troca o mercado internacional. É um jogo forte de braço para a gente poder acertar. Já estamos bem encaminhados, vamos ter uma missão em breve para o Peru para abrir o mercado de carnes. Vocês estão aqui do lado com um potencial enorme da pecuária e o Peru importa carne da Austrália. Olha a distância, está lá do outro lado do mundo. Temos aqui carnes de qualidade e temos que certificar e o Ministério da Agricultura faz isso. Já estamos preenchendo vários questionários, é uma coisa que não é da noite para o dia, mas acredito que está muito bem encaminhada”, salienta.

Terras Indígenas

Ao citar a respeito das demarcações de áreas indígenas pelo Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a ministra foi enfática. Disse que por se tratar de demarcações, o Incra é o detentor maior desse conhecimento. A medida é contestada pelas populações indígenas de todo o País. Vista como um retrocesso na política de demarcações de áreas indígenas.

“É uma coisa administrativa. Porque esse governo resolveu que todas as coisas, agricultura familiar era outro Ministério e veio para o Ministério da Agricultura e tem o tratamento tão diferenciado quanto às outras secretarias que já eram do Ministério. A questão indígena ela é uma questão mais sensível, porque você tem que fazer as demarcações e isso está chegando no Ministério, mas ele está vindo como uma coordenação inteira”, pontua Tereza Cristina.

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