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FitDance no Acre: Quando a paixão pela dança transforma vidas

Diversão, bem-estar e saúde através da dança é a proposta da modalidade que é febre nas academias de todo o Brasil, o FitDance. No Acre, o programa de aulas com os hits do momento e coreografias exclusivas completa um ano em março. Mais de cinco mil pessoas já passaram pelas aulas de dança.

Ao todo, 29 instrutores licenciados levam alegria e muita dança para academias de Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Tarauacá e Vila do V. No Brasil, são mais de 6 mil instrutores e oito milhões de praticantes.

Apaixonada por dança desde criança, a instrutora oficial de FitDance, Fabíula Santos, conta que sua relação com o programa de dança foi amor à primeira vista. A metodologia usada pela empresa e a valorização profissional foram os pontos que mais chamaram sua atenção.

“É um programa de aula feito com metodologias muito legais, que fazem com que as pessoas dancem e se divirtam em qualquer área da sua vida, seja na festa, em casa, na boate ou até dentro do carro.”

A metodologia do programa é baseada no DNA FitDance, que é composto por cinco “D’s”. É o que explica a instrutora.

“São os cinco “D’s”: dança, divertido, dinâmico, democrático e desafiador. As aulas precisam ser desafiadoras, democráticas, agregar todo mundo. Não temos ideologias, ninguém olha pra quem dança melhor. É um momento de diversão mesmo”, relata.

A dançarina destaca que há pouco tempo a dança era alvo de preconceito por ser considerada algo vulgar, mas, aos poucos, esse cenário vem mudando. E, ao contrário do que muitos pensam, a dança pode ser praticada por qualquer pessoa seja criança ou adulto.

“Qualquer pessoa pode dançar. Hoje, dançar está dentro do nosso corpo, independente de você ter ritmo ou não. As pessoas têm essa tendência de ouvir uma batida e mexer o pé, mexer o corpo”, aponta.

Fabíula Santos ( FOTO NILO BENTO)

Plano de carreira

Além de levar diversão aos praticantes, o FitDance também é uma oportunidade profissional que oferece um plano de carreira aos instrutores. Os profissionais vão subindo de nível a cada novo curso. E por falar em curso, no dia 9 de março haverá curso para formação de novos instrutores em Rio Branco.

Para participar é necessário ter acima de 18 anos. As inscrições podem ser feitas através do site oficial da companhia de dança.

“Qualquer pessoa pode ser instrutor porque hoje, no Brasil, um profissional de dança não precisa ser formado. O curso é teórico, prático e avaliativo. Você passa por uma avaliação final. Se você quiser dar aula depois, você vai dar. Mas se você só quiser fazer parte da comunidade também é possível”, explica.

Quando o amor pela dança está no DNA

A psicóloga Jéssika Karoline, de 25 anos, sempre foi apaixonada pela dança, mas nunca teve a oportunidade de trabalhar na área. No ano passado, após participar de um aulão de FitDance, ela decidiu fazer o curso de instrutor.

“O lema da empresa é tornar sua vida mais feliz através da dança. E era isso que eu queria pra minha vida e para vida de outras pessoas, era o que eu queria levar através da dança, que eu sempre fui apaixonada desde criança. Foi uma das melhores escolhas que fiz na minha vida”, relata.

As mudanças na vida da jovem começaram ainda no curso, quando ela precisou superar seus limites e se desafiar. Hoje, Karoline trabalha com o que mais ama fazer: dançar.

“Aprendi a superar os meus limites, a acreditar mais em mim, e a me desafiar mais. Isso não só no âmbito profissional, mas em tudo na minha vida. Hoje, eu tenho um relacionamento interpessoal muito melhor, conheci pessoas incríveis, histórias de vida sensacionais, coisas que não tem dinheiro no mundo que pague”, conta.

A dançarina afirma que diariamente se depara com histórias de vida emocionantes. Pessoas portadoras de deficiência física e até com depressão participam das aulas e se superam a cada novo encontro.

“Aprendi a dar sempre o meu melhor e não deixar ninguém nunca passar despercebido por mim. Todas as pessoas que passam por nós esperam algo de nós, e eu aprendi isso. Não tem nada no mundo que pague de ver a alegria dos alunos.”

O amor pela dança é o que move a família  FitDance unindo instrutores e praticantes em uma grande comunidade.

“A dança é minha grande paixão. É quando eu me sinto completa, realizada e me entrego de corpo e alma. Quando eu estou dançando eu esqueço tudo, literalmente, seja como aluna ou como instrutora”, disse a dançarina emocionada.

Jéssika Karoline (FOTO/ARQUIVO PESSOAL)

 “A dança é minha grande paixão. É quando eu me sinto completa, realizada e me entrego de corpo e alma”

 

Superando a depressão

Dançar é uma atividade física que alia saúde e diversão. Os resultados vão muito além da perda de peso e melhoria da condição física e funcionamento biológico. Dançar ajuda a diminuir o estresse e o risco de doenças cardiovasculares.

No caso da estudante Maria Clara Carvalho de Arruda, de 21 anos, a dança a ajudou a superar a depressão. Diagnosticada com a doença com apenas 13 anos, a jovem encontrou na dança uma terapia.

“Eu vivia sempre deitada, não fazia nenhuma atividade física, e o FitDance está sendo uma terapia pra mim. Toda aula é uma descoberta. Enfim, eu me sinto mais confiante, meu humor melhorou bastante, eu sinto prazer em dançar”, afirma.

Arruda destaca que os instrutores Jessé Arraes e Ignéia Paiva foram essenciais para a sua melhora. “Me ajudaram bastante nesse processo. É difícil sair da aula triste. Eles estão sempre trazendo uma energia gostosa. São verdadeiros transformadores de historias”.

Além de superar a depressão, a jovem melhorou a autoestima e, consequentemente, sua qualidade de vida.

“Eu tinha muito complexo de inferioridade. Nas aulas de FitDance eu me sinto bonita, sinto meu corpo em destaque, sinto que estou arrasando, e isso levanta minha autoestima. Sempre fui motivo de chacota na escola por ser magra demais e o FitDance me fez amar o meu corpo do jeito que ele é.”

 

Maria Clara Arruda destaca que os instrutores Jessé Arraes e Ignéia Paiva foram essenciais para a sua melhora

 “Sempre fui motivo de chacota na escola por ser magra demais e o FitDance me fez amar o meu corpo do jeito que ele é”

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