O governador Gladson Cameli (PP), em discurso durante a abertura dos trabalhos da Câmara de Rio Branco, ocorrida na segunda-feira, 4, no Teatro Hélio Melo, descartou a possibilidade de decretar calamidade financeira no Estado. A ideia foi cogitada após o Governo do Estado, recentemente, confirmar um déficit de mais de R$ 200 milhões.
“Temos exemplos de Estados que já pediram calamidade financeira, porém, quero deixar claro que tiro qualquer possibilidade de intervenção financeira aqui no Acre. Não há necessidade para isso. Não irei politizar a situação, mas quando for preciso tomar medidas amargas, iremos tomar, porque é o meu CPF que está em jogo”, disse Cameli.
E acrescentou: “Não escondemos de ninguém a situação em que as contas do Estado se encontram: é de quase falência. E não me refiro só ao nosso Estado. Todos os Estados da nossa federação passam por grandes problemas financeiros. Mas, todos conhecem a nossa coragem, empenho e dedicação para que possamos fazer o melhor para que o Estado supere este momento. Se não temos dinheiro, o faremos da criatividade. Se não dispomos de investimento, dobraremos a dedicação, se não contarmos com a estrutura, buscaremos a simplicidade, mas nunca nos poderá faltar a fé e otimismo para as mudanças”, frisou.
O governador mencionou ainda a Reforma Administrativa e o contingenciamento de despesas, como medidas de austeridade para manter o equilíbrio das contas públicas. Ele pontuou sobre a necessidade dos demais Poderes também cortarem gastos.
“Não adianta só o Executivo fazer os cortes de gastos. Todos os Poderes também devem fazer. Vontades são mais que desejos. Vontades são intenções prontas para se tornarem ações. Sei que os senhores têm o desejo de transformar o Acre, tornar nosso Estado um lugar melhor para cada um que aqui vive. Dessa forma, o Legislativo e o Executivo começam essa caminhada olhando para o mesmo objetivo, e isso é muito importante”, disse.