Segundo dados do Instituto Nacional Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), 121 mil acreanos estão desempregados, ou seja, 29,5% da população terminaram 2018 sem trabalho.
O quantitativo inclui as pessoas desempregadas e as que estão em potencial para serem parte do mercado.
Os dados também mostram que 46 mil acreanos estão em busca de uma oportunidade. Outros 17 mil estão à procura de uma carga horária funcional que proporcione melhor remuneração.
Segundo o presidente da Associação Comercial do Acre (Acisa), Celestino Bento, os números, crescentes desde 2016, são reflexo da situação política e financeira do país e do Estado.
“Infelizmente não tivemos a retomada do crescimento para reposição de mercado dessas pessoas. É um momento muito triste. A esperança é que com as mudanças que houveram na política do nosso país, também haja uma política que possa recolocar esse pessoal do mercado de trabalho.”
A expectativa é que os primeiros sinais de recuperação da economia comecem a aparecer a partir do segundo semestre deste ano.
“O meio mais rápido é através da infraestrutura, a construção civil, isso gera empregos rápidos. Se pegarmos o número de desempregados, são pessoas que ganham de um a dois salários mínimos. Recuperando esse setor da construção civil, consequentemente, o emprego volta”, afirmou.
Para o assessor especial da presidência da Federação do Comércio do Acre (Fecomércio), Egídio Garó, além da situação econômica, os números refletem a grande quantidade de profissionais recém-formados.
“Não temos geração de empregos disponível no Estado, seja pela dificuldade industrial por conta de matérias-primas, seja pela expansão da atividade comercial que, ao longo dos últimos anos, não apresenta linha de tendência.”
Garó destaca a necessidade de projetos púbicos ou privados que fomentem a geração de emprego e renda.
“Associando as questões de instabilidade econômica pelas quais o Estado vem passando, acompanhando o mesmo evento em nível nacional, não se há de falar em perspectiva de geração de emprego ou renda, o que somente acontecerá por conta de projetos, sejam eles públicos ou da iniciativa privada, que fomentem a apropriação dessa mão-de-obra e lhes permita ocupação remunerada”, disse.