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“Não vou passar a mão na cabeça daquilo que estiver errado”, diz Roberto Duarte, após votar nulo

Ontem, logo após o encerramento da sessão, o deputado Roberto Duarte Jr. comentou a respeito da eleição da nova Mesa Diretora da Aleac. Disse que não votou na chapa composta por Nicolau Júnior (Progressistas) e Luiz Gonzaga (PSDB) por entender que a base de sustentação ao governo Gladson Cameli abriu espaço para parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), indo contrário ao pensamento da população acreana, que nas últimas eleições optou por mudanças.

“O segundo e grande motivo foi uma coligação, uma junção da atual situação, da base de situação do governador Gladson Cameli com o PT e PCdoB abrindo, escancarando as portas da Mesa Diretora para esses dois partidos, que foram rejeitados nas urnas pela população acreana e de todo o Brasil. Eu vejo uma fragilidade já na base de sustentação do governador no sentido de compor com partidos de esquerda, o que eu sou totalmente contrário nesse momento”, disse Duarte.

O emedebista disse, ainda, que fará um mandato independente, ou seja, haverá matérias do governo que não receberão seu apoio. Entretanto, ele frisou que acredita no governo de Gladson Cameli e contribuirá para que o Acre cresça.

“Os meus votos serão para o povo do Acre. Quem me elegeu foi a população, e é pra ela que eu devo o meu trabalho, a prestação do meu serviço. A ela que eu devo subserviência,e não ao Governo do Estado ou quem quer que seja. Eu, a partir de agora, terei um mandato independente. Vou defender o governador naquilo que estiver correto e naquilo que não estiver, vamos manter a nossa independência. Eu acredito no governador Gladson Cameli, confio nele. Confio que o governo dele vai dar certo e quero ajudar a contribuir para que isso aconteça, mas também não vou passar a mão na cabeça daquilo que estiver errado”, salienta.

Roberto Duarte vai além a respeito da eleição da Mesa Diretora. Disse que não foi respeitada a proporcionalidade dos partidos, mas afirmou que não pretende judicializar a questão. “Não vai haver a mínima possibilidade disso, até porque a deputada Antonia Sales tomou uma posição de aceitar o convite de participar da Mesa, mas nunca pensamos nessa hipótese de judicializar esse processo”, argumenta.

Insatisfação

Demonstrando-se chateada, a deputada Meire Serafim, esposa do prefeito de Sena Madureira Mazinho Serafim, justificou a nulidade do voto. Disse que a chapa Nicolau-Gonzaga não foi o acordo feito anteriormente. Mesmo sem citar o nome do governador Gladson Cameli, que teria garantido a Roberto Duarte que este ficaria com a Primeira-Secretaria em outras ocasiões, não cumpriu o acordo. Sem falar no descontentamento com as nomeações em Sena Madureira. Indicações de Meire e do esposo Mazinho não foram atendidas.

“O problema é que não foi acordado conosco. Foi combinada uma coisa e não foi cumprida. Não custa nada as pessoas cumprirem o que falam. Meu mandato vai ser independente. Vou defender o povo do Acre. O que for melhor para o Acre, eu estarei defendendo e reivindicando melhorias”, pontuou.

 

Meire Serafim
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