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Após denúncia do MP-AC, defesa retorna com pedido de liberdade para tenente do Bope preso

Após denúncia do Ministério Público do Acre (MP-AC), o advogado Mário Rosas solicitou que a Justiça julgue um habeas corpus em favor do tenente do Batalhão de Operações Especiais (Bope) Josemar Farias, preso na Operação Sicário da Polícia Civil do Acre.

A defesa havia pedido a suspensão do julgamento do pedido de liberdade para aguardar a conclusão do inquérito e denúncia do MP-AC. Farias está preso desde o dia 27 de dezembro suspeito de manter contato com membros de facções criminosas.

“É apenas um habeas corpus que ainda não foi julgado porque pedimos anteriormente a suspensão do julgamento. Como já houve essa denúncia, pedimos agora a retomada desse pedido. Agora vai seguir seu curso normal e estamos buscando para que seja julgado nesta quinta-feira [7]”, confirmou Rosas.

Josemar Farias

Denúncia

No relatório do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o MP-AC denuncia 23 pessoas integrantes de uma facção criminosa que atua no estado.

Farias foi denunciado por promoção de organização criminosa, inclusive, prendendo membros de facções rivais, defesa de territórios sob a influência da facção, por proteger facção da atuação policial, fornece armas e munição ao grupo criminoso, corrupção passiva e prevaricação.

Sobre as acusações, a defesa voltou a afirmar que os diálogos entre o tenente e membros de organizações criminosas não passa de conversas entre um policial e informantes

“Acreditamos categoricamente na inocência dele, vamos provar isso no decorrer do processo, vamos apresentar testemunhas para combater todo argumento e toda ação dele foi autorizada pelo comando do Batalhão de Operações Especiais”, ressaltou.

O advogado revelou também que disponibilizou as contas bancárias, fiscal e o telefone do tenente à Justiça. Farias está preso no Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) desde a Operação Sicário.

“A gente acredita e tem confiança de que ele é inocente e isso será comprovado ao final do processo. Podemos afirmar que isso tudo nada mais é do que uma situação política mal resolvida da Polícia Civil, como foi constatado nas últimas notícias sobre os delegados Rêmullo e Alcino”, apontou.

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