A Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) abriu oficialmente os trabalhos no plenário do parlamento estadual na manhã de ontem, 5. Na oportunidade, o novo presidente da Casa, deputado Nicolau Junior (PP) salientou que um dos focos da atual gestão é cortar gastos.
“Nosso objetivo é reduzir, é enxugar, é organizar a casa. A ideia é economizar. Iremos cortar onde for possível e focar na valorização do servidor, no fortalecimento da instituição”, disse ao destacar ainda que a Casa Legislativa apoiará a gestão do governador Gladson Cameli (PP).
“Nós também daremos esse apoio ao governo na questão da análise e aprovação dos projetos. O governador quer fazer as mudanças e vai ter que contar com nossa ajuda. Tenho certeza que superaremos todas as dificuldades e juntos iremos continuar trabalhando em defesa dos interesses do nosso Estado e do povo acreano”, pontuou.
Além dos parlamentares, participaram da sessão o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Francisco Djalma; a presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Acre, desembargadora Regina Ferrari Longuini; a procuradora-geral de Justiça do Estado, Kátia Rejane de Araújo; e o presidente do Tribunal de Contas do Estado, Cristovão Messias.
Ao fazerem uso da palavra, os deputados estaduais comentaram sobre as expectativas para o ano legislativo. O líder do governo, Gehlen Diniz (PP), pontuou sobre o momento político e econômico do Estado.
“Enfrentamos um momento de crise financeira muito grave. Recebemos o Estado com dívidas milionárias, funcionários públicos com o 13° salário atrasado. Nosso papel agora é uma reforma administrativa e muita união para mudarmos para melhor. Desejo boa sorte ao governador Gladson Cameli, que assumiu a árdua tarefa de gerir um Estado que foi entregue com as piores dificuldades.”
O deputado Roberto Duarte (MDB) pontuou sobre os novos desafios do atual governo. “Quero fazer o uso da fala e aqui parabenizar o governador Gladson Cameli pela reforma administrativa feita no Acre e pelas primeiras medidas tomadas. Recebemos um Estado sucateado em todos os aspectos e temos que pedir à população um pouco de paciência. Estaremos aqui para ajudar e cobrar dos secretários as atitudes necessárias para melhorar o Acre”, enfatizou.
O oposicionista Edvaldo Magalhães (PCdoB), por sua vez, disse que o atual governo pode esperar o diálogo com a oposição, mas que os deputados do bloco não aceitarão “prato feito”, referindo-se a projetos do Executivo que são aprovados na casa sem o devido debate.
“Pode esperar diálogo da nossa parte. Só não terá diálogo com prato feito. Queremos ajudar. Vamos atrapalhar muito no que tivermos certeza do que não é bom para o nosso povo.”
O deputado Daniel Zen (PT), também da oposição, afirmou que será firme ao cumprir seu papel de oposicionista, porém, agirá com justiça. “Não haverá boicote ou deslealdade, mas posições firmes. Senhor governador, pode esperar de mim as mais duras críticas e a mais firme fiscalização, mas de forma justa”.