“A Constituição Federal de 1988 em seu Art. 227. Estabelece que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.”
Pais, quanto tempo faz que vocês pararam para escutar seus filhos? Vocês sabem os que eles pensam à cerca da vida? Vocês sabem o que seus filhos querem fazer ao concluírem a escola? Eo que eles estão vivendo dentro da escola, como têm interagido com outras crianças ou outros jovens? Eles brincam, riem, pulam, dançam se soltam em um mundo que deveria ser divertido? Ou vocês preferem que suas crianças estejam dentro do quarto, ali em seu cantinho, pois somente assim estarão seguras, protegidas deste mundo?
Mas, digam-me outra coisa: existe realmente segurança, proteção em um mundo virtual, oferecido pela internet, que está lá, dentro do quarto dos seus filhos?
Infelizmente, a situação hoje tem se tornado crítica, preocupante, pois estamos perdendo nossos filhos dentro de casa, ou melhor dizendo, para os quartos. Para nossa comodidade, afinal, trabalhamos e trabalhamos, é preferível neste mundo que se chama de Pós- Modernidade, equipar os quartos dos nossos filhos com TV, Internet, damos a eles um mundo virtual para que eles desbravem tudo que desejarem, assim, não seremos incomodados, afinal estamos cansados e nem tão pouco incomodamos o mundo deles.
Estamos ilhados! Cada um em seu próprio espaço, sem diálogos, sem trocas de afeto, de carinho. O individualismo está presente e reinando dentro de nossas casas. Cada um em seu quadrado, com fones de ouvidos, trancados em seu quarto, em seu mundo, sem ter ideia do que os filhos estão pensando, fazendo, ou com quem estão conversando ou se relacionando. E nem imaginamos que as mentes deles podem estar sendo manipuladas, usadas e condicionadas. O que eles estão aprendendo? Vocês sabem?
Pais, nossos filhos estão perdendo a vida! Tanto literalmente, através do suicídio, quanto em suas interações para conosco, os pais precisa ensinar princípios e valores. Mas que princípios ouvalores familiares, se nós os pais não temos mais tempo de transmitir ou ensiná-los?
Pais, acordem, ajam! Nós estamos perdendo os nossos filhos para os quartos! Esta é a nova geração: de filhos nos quartos! Como é triste! Os valores familiares estão perdendo espaço para valores externos, cheios de ideologias políticas, que tem contribuído para a destruição familiar.
E o que nós pais estamos fazendo?
Até quando cruzaremos os braços? Permitiremos realmente que a família perca a sua identidade? Até quando permitirá que a tecnologia seja a babá de seus filhos? Até quando permitirá que seus filhos sejam ocupados com jogos virtuais e mortais? Quanto tempo mais eles ficarão na internet sendo manipulados e até ‘hipnotizados”? É assim, que seus filhos estão seguros? É assim que os fazem se sentirem bons pais?
Pais, os nossos filhos não estão precisando de quartos equipados tecnologicamente, ele está precisando de nós, os seus Pais!
Então, o que acham de aprendermos juntos a jogarmos o Jogo da Vida?
Este é o objetivo da cartilha de minha autoria: Pais e Filhos, Aprendam a Jogar o Jogo da vida, que nós, todos juntos, Pais (Ou responsáveis) e Filhos, aprendamos ou reaprendamos a Viver a Vida de forma saudável e satisfatória, onde o diálogo, o amor, a afetividade, os limites, e a disciplina se faz presente para assim sabermos viver em um mundo que tem apresentado a morte, o suicídio, como algo desafiador e atraente.
A cartilha é um trabalho preventivo à cerca da Saúde Mental e do Suicídio. Ela nasceu para fortalecer ainda mais A Lei Janeiro Branco que apresentei no dia 22 de fevereiro de 2017 na Câmara dos Vereadores da cidade de Rio Branco – AC e foi aprovada por unanimidade e sancionada pelo Prefeito Marcus Alexandre imediatamente.
Pais e Filhos, aprendam a jogar o melhor dos jogos: o Jogo da Vida!
Afinal, ser pai e mãe é um grande desafio! Então pais, eduquem-se, leiam mais, pensem e lembrem-se de sua adolescência, suas lutas, constrangimentos, mudanças de humor e conflitos. Falem com seus filhos antes que seja tarde! Respondam as perguntas que as crianças têm, sem sobrecarrega-las com informação, se preciso, busquem ajuda de um profissional. Outra coisa, coloquem-se no lugar do seu filho, sentir insegurança na adolescência é normal, afinal, ele está em uma fase de transição, ainda não é adulto. Pais, escolham suas batalhas, seu filho irá desafia-lo, mas não perca a calma. Guardem suas objeções para coisas mais sérias. Portanto, conversem e perguntem, ajudem-no a entender o mundo deles, assim, vocês estarão mostrando e transmitindo segurança. Mostrem que se importam com seus filhos, e o quanto eles são valiosos. Informem-se e mantenham seus filhos informados, afinal a adolescência pode ser também uma fase de experimentação, incluindo os comportamentos arriscados. Conversem sobre temas como: sexo, álcool, fumo ou drogas, antes que tudo isso, ou mais, sejam expostos a eles, desta forma vocês estarão ensinando a fazerem escolhas sensatas, corretas e saudáveis e a serem principalmente, responsáveis pelas escolhas que os mesmos fizerem. Compartilhem e ensinem valores de sua família, mostre o que é correto e o que não é, e o porquê. Conheça os amigos de seus filhos e os pais deles, assim os pais estarão se ajudando e criando um ambiente seguro para todos os adolescentes. Os pais podem trabalhar juntos, se ajudem, colaborem sem que seus filhos se sintam vigiados. Outra coisa, identifiquem sinais de alerta, ou seja, mudanças drásticas e rápidas no comportamento ou personalidade. Entendam, é importante que respeitem a privacidade dos seus filhos, esta é uma forma de ajudá-los a se tornarem adulto, porém, prestem atenção aos sinais bruscos de mudanças, se perceberem que eles estão com problemas, vocês podem e devem invadir a privacidade deles para chegar a causa a origem do problema, pois somente assim poderão ajuda-los, caso necessário, conte com o apoio de profissionais. Pais, saibam sempre onde seu filho está, o que está fazendo, com quem está e quando retorna. Tenham confiança e deixe seu filho saber e sentir que vocês confiam nele. Porém, se a confiança for quebrada, informe que o mesmo deixará de desfrutar de menos liberdade, até a recuperação. Monitorem o que seus filhos veem e leem, afinal eles têm acesso a muitas informações, por isso fiquem atentos, pois limites precisam ser estabelecidos, inclusive no tempo que eles passam acessando estas informações. Saibam inclusive, com quem seus filhos conversam na internet e o que eles fazem. Estabeleçam regras adequada, tempo de internet, ao celular e horário de sono.
Pois é Pais ou responsáveis, nosso trabalho é grande e não é fácil, mas acredite, pode ser recompensador. Portanto, o que mais peço a vocês é que neste Jogo da Vida e pela Vida, amem seus filhos incondicionalmente. Mostrem que eles são importantes e preciosos para vocês.
Um grande abraço!
Fica com Deus.
*Claudia Correia de Melo Torres
É terapeuta de adolescentes, individual e de casal. Escritora. Palestrante. Faz atendimento Online e Presencial para você e sua família. Skype: claudiacorreiamt (82) 99641-57-87