Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Mais de 200 índios fecham rodovia no AC contra extinção da secretaria de saúde indígena

Mais de 200 índios fecham rodovia no AC contra extinção da secretaria de saúde indígena

Um protesto na BR-364, a 65 quilômetros de Cruzeiro do Sul, conta com a participação de oito etnias que são contra a extinção da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e a municipalização dos serviços para as aldeias.

Para chamar a atenção das autoridades, os índios entram no segundo dia com a rodovia interditada.

Os índios montaram uma barreira no trecho da estrada que liga Cruzeiro do Sul e mais quatro cidades do Acre e duas do Amazonas, à capital acreana, e não permitem o fluxo no trecho há mais de 24 horas.

Eles afirmam que só vão encerrar a manifestação depois de tiveram uma reunião com representantes do Ministério da Saúde.

“Nossa saúde indígena foi morta na quinta-feira da semana passada às 8 h, quando nossa Secretaria Especial de Saúde indígena foi extinta. Então, nós estamos aqui brigando pela nossa vida. Portanto, estamos aqui para resgatar o nosso distrito que era onde a nossa população brasileira indígena recebia saúde”, disse o cacique Fernando Katukina, da comunidade indígena localizada onde o protesto ocorre.

Além dos Katukinas, participam do protesto índios das tribos Jaminawa, Puyanawa, Nukini, Náuas, Arara, Apolima Arara e Hunikuim. No local, mais de 200 índios permanecem acampados no meio da estrada.

“Nem o ministro, nem um representante, nem o presidente ainda não deram uma resposta e agora decidimos fechar a BR de uma vez por toda. Não passa mais ninguém até que o ministro se posicione ou o presidente atenda as nossas reivindicações”, afirmou o representante da Organização dos Povos Indígenas do Juruá (Opij), Mário Katukina.

Por conta do protesto, centenas de motoristas que seguiam para o Vale do Juruá ou que deixavam os municípios da região tiveram que voltar. Outros aguardam a liberação da rodovia. Um grupo de caminhoneiros que chegava a Cruzeiro do Sul com carga, está parado na comunidade do Rio Liberdade.

Sair da versão mobile