Esses dias, eu me peguei pensando: qual é o meu discurso? Nesta pergunta me surgiu um olhar atento sobre quais são os discursos que as pessoas elaboram para falarem de si, de suas histórias, de suas vitórias e fracassos, do que pensam sobre a vida e a morte, de como se apresentam umas para as outras ou, até mesmo, como se apresentam para o mundo, já que temos uma demanda chamada redes sociais.
Sincronicamente, estou eu numa pesquisa na livraria e vi que lançaram um livro falando dos discursos de grandes lideranças mundiais… Ora, ora, era só o que precisava para entender que tinha tido uma inspiração sobre o que as pessoas não se apercebem,mas que diz muito para quem as ouve: o que eu falo sobre mim?
Considerando que a auto-observação de si passa pela ferramenta da comunicação e compreendendo que a comunicação se dá tanto de forma verbal e não-verbal, e ainda que, de acordo com um pesquisador da Califórnia Albert Mehrabian, que fez como regra que a comunicação se dava somente em 7% conteúdo, 38% tom da voz e 55% linguagem corporal, mesmo assim questionável, fiquei inquieta com esse espaço vazio que se cria na interrelação dos seres humanos, que os levam a estabelecer transmissão de informações, conectando-os através de entendimento.
Numa época em que a “palavra vale prata e o silêncio vale ouro”, dito popular, temos que treinar e sentir o nosso discurso, pois ele fala da gente e está correlacionado diretamente com a nossa autoimagem.
A propósito: como anda a sua autoimagem? Pode ter certeza de que fica estampada, como letreiros piscantes, no que você fala sobre si e sobre tudo que o circunda, e o que é mais importante: forma a nossa egrégora energética. Partindo de uma visão da física quântica, o que falamos e pensamos emite ondas de energia que tem o poder de fazer existir uma realidade.
Por outro lado, mesmo sabendo que numa comunicação são dois ou mais indivíduos envolvidos, com uma série de circunstancias que favorecem compreensões e incompreensões e não desconsiderando o diálogo interno que todos estabelecemos com a nossa essência, o principal objetivo desta experiência é provocarmos uma conexão consigo e promover uma escuta ativa e sagrada sobre o seu EU na verbalização da sua essência e vontades. Sempre promovendo uma autorreflexãoe autossugestão de caminhos que nos levam a nos importarmos sim com o impacto que a nossa fala promove no outro.
Então, qual é o seu discurso?Que realidade, aqui e agora,estou construindo com as frases que falo de mim e do que penso sobre a vida? Quais são as palavras e as rimas que elaboram a poesia de sua existência? Onde e no que você busca inspiração? Vamos falar nisso num bate-papo na Casa Instante, a primeira casa de experiência do Acre, no dia 21 de março de 2019 (quinta-feira), às 19h, e entendermos sobre quem somos? Onde estamos? Para quem falamos? Nos permitindo um olhar atento e espaço seguro para refletirmos e exercitamos a nossa autoliderança.
*Marcela Mastrangelo é socióloga, bacharel em Direito e coach