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A crise de credibilidade precoce

A onda de protestos que tomou conta da cidade é mais um sintoma não somente da crise econômica e social pela qual passa o Estado, há anos, mas também da crise de credibilidade precoce do governo de Gladson Cameli.


São os professores que cobram a convocação no concurso público; os servidores do Detran que reclamam do espaço perdido para os comissionados; e até os hansenianos, que precisaram se deslocar até a BR-364, para cobrar as condições mínimas de sobrevivência.
Há ainda os servidores da Saúde, que já anunciaram greve geral; os concursados da Segurança Pública, que aguardam o cumprimento das promessas de campanha…
É sensato ponderar que a gestão atual está somente no terceiro mês e que ainda seria cedo para mensurar o resultado das primeiras ações. A pergunta que insurge, entretanto, é justamente essa: quais ações?
Em meio a burocracias, inexperiência e um tanto de falta de vontade política, a impressão que dá é que a máquina pública vai se afundando na inércia. E, diante disso, as críticas mais severas e as cobranças mais duras vem, inevitavelmente, de pessoas e setores que tanto confiaram e depositaram esperanças na “mudança” prometida por Cameli.
A situação não poderia ser mais delicada: um cenário frágil e belicoso para o novo governo se firmar.

A Gazeta do Acre: