O presidente da Associação Acreana de Supermercados (Asas), Adem Araújo, comentou no final da tarde de ontem, 25, a respeito de uma possível paralisação dos caminhoneiros em todo o Brasil, no próximo dia 30, sábado. Ele destaca que, caso se concretize o indicativo, o Acre poderá sofrer com o desabastecimento de produtos de hortifrúti e frios em geral.
“Depende de quantos dias houver a greve. Até uma semana, afeta somente perecíveis. Mais de uma semana, começam a faltar muitos pedidos”, diz Adem Araújo.
Em conversa com o presidente da Associação Comercial do Acre (Acisa), Celestino Bento, ele frisou que o caso se trata de uma Fake News que circula nas redes sociais. “Eu atendo diretamente caminhoneiros e frotistas. Tudo que eu fiquei sabendo foi via boatos de WhatsApp, mas da boca dos caminhoneiros eu ainda não ouvi essa possibilidade”, diz Bento.
Celestino Bento acrescentou que a Acisa está atenta para qualquer movimentação nesse sentido e resguardar os direitos dos comerciantes e evitar o desabastecimento, caso a greve se concretize. “Estamos atentos, sim”, pontua.
A possível greve foi levantada após o jornal Estado de S. Paulo publicar matéria a respeito do assunto e o monitoramento por parte do governo federal desses grupos. O objetivo é evitar que o País entre novamente em colapso, como ocorreu em maio de 2018, quando caminhoneiros reivindicavam a queda no preço do diesel, além de ajustes na tabela de frete e dos pedágios nas rodovias.
De acordo com lideranças do novo movimento, pactos firmados, no governo Temer não estariam sendo cumpridos pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) e sua equipe econômica. Há correntes afirmando que uma nova greve dos caminhoneiros tem forte viés político, e pode ser financiada pela esquerda para desestabilizar o governo de Bolsonaro. A tese é contestada pelos líderes esquerdistas.