Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), divulgados nesta segunda-feira, 25, o Acre teve aumento nos casos de dengue, chikungunya e zika. A avaliação foi feita entre 30 de dezembro de 2018 a 16 de março de 2019, em comparação ao mesmo período de 2017/2018.
Em relação aos casos de dengue, o estado registrou um aumento de 231,4%, sendo que os casos subiram de 3.675 para 1.109. O Acre não registrou óbitos em decorrência da doença neste ano.
A incidência no estado é de 422,8 casos para cada 100 mil habitantes, o que mostra a situação preocupante por apresentar incidência maior que 100 casos por 100 mil habitantes. O Acre só perde para Tocantins que tem incidência de 602,9 casos/100 mil habitantes.
Ainda segundo o MS, os casos de chikungunya também aumentaram no período avaliada, passando de 44 em 2018 para 75 este ano.
Já em relação aos casos de zika o crescimento foi de 1560%, subindo de 5 para 83 para 83 casos em um ano.
Conforme o Ministério, o aumento dos casos de dengue ocorre em todo o país. Os casos subiram de 62,9 mil nas primeiras semanas de 2018 para 229.064 no mesmo período deste ano. O número de óbitos pela doença aumentou 67%, sendo grande parte em São Paulo.
Em fevereiro deste ano, a Prefeitura de Rio Branco decretou situação de emergência devido à epidemia de dengue na capital. A situação de emergência permanece e, para direcionar o atendimento das pessoas que estão com os sintomas da doença, a Políclínica Barral y Barral passou a funcionar como unidade de referência. O local está funcionando com horário estendido até às 22h.
Ações de combate
De acordo com a coordenadora de Vigilância Ambiental e Controle de Endemias da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), Sônia Queiroz, ações de combate ao mosquito estão sendo realizados em todo o estado. Alguns municípios, inclusive, já registraram queda no número de casos da doença.
Só em Rio Branco, dois carros de fumacê estão circulando nos bairros prioritários. O Estado também está capacitando médicos e enfermeiros no manejo clínico das unidades hospitalares.
Além disso, ações de educação e saúde estão sendo realizadas junto aos órgãos públicos.
“Vamos envolver as igrejas, estamos planejando uma grande mobilização no Ifac, não só em questão ao enfretamento do Aedes, mas em relação à caxumba, influenza. Com o início das aulas, o município está trabalhando junto às escolas complementando as ações dos municípios e estamos dando apoio às demais cidades”.