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Dívida milionária do Estado e não renovação de contrato faz Santa Juliana deixar de atender pacientes do SUS

Com uma dívida superior a R$ 4 milhões com o Hospital Santa Juliana, o Governo do Estado ainda não se manifestou a respeito do pagamento desse valor e se fará a renovação do contrato assinado em 2013, que vence dia 31 de março, para a continuidade dos serviços a pacientes do SUS. A partir dessa data, o Santa Juliana não poderá mais atender o SUS. A informação foi repassada pelo bispo Dom Joaquim Pertiñez, reitor da Diocese de Rio Branco.

“Dia 31 de março vence o convênio assinado em 2013 com o Santa Juliana. Já foram enviadas duas cartas ao senhor governador, Ministério Público e Conselho Regional de Medicina (CRM) avisando dessa situação. Até hoje não teve nenhuma proposta por parte da Sesacre para ser analisada pelo Hospital. A partir de 31 de março, o Hospital Santa Juliana não pode atender, mesmo querendo, mais nenhum paciente SUS, porque não tem mais convênio”, pontua Pertiñez.

Joaquim Pertiñez lamenta que mesmo que haja agora uma contrapartida da Secretaria de Estado de Saúde para renovar o contrato, haverá prejuízos para a população, isso porque o contrato depende de uma análise técnica minuciosa.

“Esse convênio não se renova numa semana, nem em um mês, porque são muitos ajustes, muitos aspectos. Isso foi colocado ao senhor governador. A situação está assim”, salienta o bispo.

Dom Joaquim falou, ainda, a respeito das obras sociais, sobretudo da Casa de Acolhida Souza Araújo que enfrenta dificuldades. Demonstrando incômodo, Joaquim Pertiñez disse que a dívida hoje é de R$ 1 milhão e 700 mil. Desde agosto de 2018 que os repasses não são feitos. Os R$ 220 mil anunciados na última segunda-feira, 18, compreende apenas o mês de agosto de 2018.

Por meio de nota, a Sesacre informou que o convênio existente entre a Diocese de Rio Branco e o Governo do Estado em apoio à Souza Araújo foi cancelado na gestão de Tião Viana, no mês de outubro.

“Todos os governos, mesmo com os atrasos, tiveram boa vontade. O governador anterior cortou o convênio unilateralmente no mês de outubro. E nós, já no fim do governo, o que podemos fazer? E desde agosto sem repassar um centavo para esse convênio e promessas e promessas”, salienta.

E acrescenta Pertiñez: “Conversamos com o novo governador e não movimentaram um dedo em favor de resolver o problema dessa subvenção social. Falaram que o passado não podiam se responsabilizar até que a PGE desse um parecer. Essa dívida que passa de R$ 1,7 milhão não é brincadeira. É um dinheiro que a Diocese teve que injetar para manter a Casa de Acolhida Souza Araújo. E na PGE notícias que nós temos é que não chegou nada”, pontuou.

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