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Prisões de Temer e Moreira Franco não repercutem na Aleac, mas lideranças comentam nos bastidores

Durante a sessão de ontem, 21, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), nenhum parlamentar comentou a respeito da prisão do ex-presidente Michel Temer (MDB) e do ex-ministro Moreira Franco. O silêncio pode ser compreendido como um ato que já era esperado pela classe política. Sua concretização se daria com a saída de Temer da presidência.

O ex-deputado Geraldo Pereira (PT) disse que “não tinha dúvidas” e acrescentou dizendo: “a prisão do ex-presidente Temer vira a ponta do prego de outros casos”, diz ele ao deixar entender que o caso de Temer e Franco ratifica tudo que já foi apurado pela Operação Lava Jato nos últimos anos.

Já o deputado Daniel Zen (PT) afirmou que seu posicionamento é alinhado com o que pensa a direção nacional do Partido dos Trabalhadores. Em nota, a direção nacional torce para que as prisões de Michel Temer e Moreira Franco tenham embasamento e indícios suficientes para justificar o ato de cerceamento de liberdade.

“O Partido dos Trabalhadores espera que as prisões de Michel Temer e de Moreira Franco, entre outros, tenham sido decretadas com base em fatos consistentes, respeitando o processo legal, e não apenas por especulações e delações sem provas, como ocorreu no processo do ex-presidente Lula e em ações contra dirigentes do PT”, diz trecho da nota.

Da casa emedebista, apenas o deputado Roberto Duarte comentou as prisões. Segundo ele, é necessário respeitar “os princípios constitucionais do Contraditório e da Ampla Defesa, bem como ainda, da Presunção de Inocência”, afirma Duarte que também é advogado.

Duarte comenta que seu posicionamento do ponto de vista político é: “como político não tenho político e muito menos bandido de estimação. Todos que devem tem que pagar por seus atos, sempre respeitando o devido processo legal”, finaliza.

 Acreanos ‘piram’ com enxurrada de memes sobre prisão de ex-presidente Temer

BRUNA MELLO

Poucas horas após a prisão do ex-presidente Michel Temer, uma enxurrada de memes invadiu a internet e os acreanos entraram na onda de brincadeiras. No Twitter, no Facebook e Instagram, internautas associaram a imagem de Temer a morcegos e caça-vampiros, fazendo referência a piadas antigas que colocam o ex-presidente como o “vampirinho”.

A baixa popularidade do governo Temer também virou meme. Um deles mostra apoiadores do ex-presidente pedindo por sua liberdade, porém, a imagem é de uma rua vazia, sem nenhum manifestante.

A ex-presidente Dilma Rousseff é uma das protagonistas nas brincadeiras. Nos memes, ela sempre aparece de bom humor, rindo ou fazendo piadas em comemoração a prisão de Temer.

As fotos de Dilma sorrindo é para mostrar, supostamente, sua alegria pela prisão de Temer, que a substituiu após o impeachment sofrido pela petista em 2016.

Sobrou até para a ex-primeira dama Marcela Temer. Alguns internautas chegaram a afirmar que a esposa do ex-presidente estava solteira e “solta na pista”.

Michel Temer tornou-se, em poucos minutos, o mais buscado no Google e ocupou a primeira posição entre os assuntos mais comentados nas redes sociais. “Prenderam o vampirão”, “Marcela solta”, “Michelzinho príncipe regente” e “Temer livre” foram algumas as brincadeiras criadas e compartilhadas no Twitter.

Outras brincadeiras foram direcionadas ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, que é conhecido por conceder Habeas Corpus a políticos presos. Um dos memes faz uma piada com a diferença de fuso horário da Austrália, onde a diferença é de 10 horas comparado ao horário do Brasil. Nesta hipótese, Gilmar já teria soltado Temer.

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