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Protesto contra reforma da Previdência reúne trabalhadores em frente ao Palácio Rio Branco

Mais de 400 pessoas entre professores, servidores públicos e trabalhadores rurais protestaram, nesta sexta-feira, 22, contra a Reforma da Previdência proposta pelo governo federal. O ato ocorreu em frente ao Palácio Rio Branco e reuniu representantes de 10 sindicatos.

Segundo a presidente do Sindicato dos Professores do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, o protesto acompanha um movimento nacional contra a reforma, que é considerada um retrocesso pelos trabalhadores.

A sindicalista destaca que se a reforma for aprovada, as classes mais prejudicadas serão professores, trabalhadores rurais e beneficiários da Previdência.

“O que realmente vai dificultar o trabalhador se aposentar é a obrigatoriedade de contribuir durante 40 anos para poder receber 100% daquilo que ele contribuiu ao longo da sua carreira. Um outro ponto é prejudicar quem é beneficiário, que não vai receber nem um salário mínimo. Quem é penalizado somos nós, os trabalhadores, que fazem esse Brasil crescer e desenvolver”, disse.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos do Acre (Sintect/AC), Suzy Cristiny, afirma que o governo federal está tentando convencer a população de que a reforma é necessária para reequilibrar os cofres públicos, o que é considerado mentira, segundo ela.

“É um movimento muito importante que dá início a uma série de mobilizações em defesa da nossa previdência. Percebemos que a população ainda está muito confusa, quando se fala em déficit da previdência. E o governo federal tem investido milhões para convencer a população através de propaganda”.

Em Cruzeiro do Sul, professores da rede pública de ensino também aderiram ao movimento contra a previdência. Centenas de docentes foram às ruas protestar contra a proposta do governo.

“Nós entendemos que não é uma reforma, mas uma retirada de direito da classe trabalhadora. Quando se faz uma reforma é para melhorar e essa vai piorar para o trabalhador. O governo diz que a reforma é necessária para a economia, mas eu não entendo como a economia vai melhorar, se vai ter menos dinheiro circulando no mercado por que as pessoas não vão ter acesso a sua aposentadoria. A previdência é o maior patrimônio do povo brasileiro garantido pela Constituição de 88”, disse o presidente do Sinteac do município, Edvaldo Gomes.

FOTO /LUÍZIO OLIVEIRA

 

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