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Sistema de transporte por aplicativo pode entrar em colapso, afirma superintendente da Rbtrans

O superintendente Municipal de Transportes e Trânsito (Rbtrans), Nélio Anastácio de Oliveira, foi sabatinado ontem, 28, pelos vereadores de Rio Branco. A presença do gestor na Câmara Municipal foi resultado de um requerimento apresentado pelo vereador Emerson Jarude (sem partido).

Na oportunidade, Nélio foi questionado sobre o estacionamento rotativo, conhecido como Zona Azul. Segundo os vereadores, são constantes as reclamações acerca da péssima qualidade do serviço ofertado. “Diante de tantas reclamações com relação a esse serviço, o que de fato a Rbtrans tem feito para dar uma resposta à sociedade? Às vezes, a impressão que se tem é que não existe fiscalização por parte do órgão”, disse o vereador Mamed Dankar.

O transporte público também foi alvo de questionamentos. De acordo com os parlamentares, a população reclama que a frota é velha e que não atendem aos critérios de acessibilidade. Outro ponto citado diz respeitos aos assaltos nos transportes coletivos. “O usuário do transporte público se sente inseguro por conta dos assaltos, sem falar que a frota, muitas vezes, se encontra sem condição uso. E ainda tem a falta de acessibilidade. Muitos cadeirantes ficam horas nas paradas esperando um ônibus que esteja com elevador funcionando. Onde está a fiscalização da Rbtrans”, questionou Jarude.

Nélio reconheceu a existência de ônibus “velhos” e pontuou que a prefeitura está atenta ao problema e fazendo as devidas cobranças. “Quando identificamos um veículo velho pedimos a imediata substituição”, disse ao frisar ainda que uma das empresas de ônibus da Capital havia pedido recuperação judicial. “A prefeita já determinou a abertura de um novo edital para evitar transtornos ao rio-branquense”.

O vereador Dankar cobrou também a regulamentação da Lei dos Aplicativos. Quanto à questão, o gestor pontuou que depende apenas da prefeitura. “O que cabia à Rbtrans nesse debate já foi feito, dependendo somente do DTI da prefeitura para regulamentar a lei”.

Ainda com relação ao transporte por aplicativo, o vereador João Marcos Luz questiona se a prefeitura, ao apresentar a lei, ateve-se à demanda e procura. “Se não tivermos controle vamos quebrar o sistema”, disse. Nélio pontua que o assunto não foi debatido na lei e que o sistema pode, sim, entrar em colapso. “Vai quebrar o sistema assim como quebrou em Nova York. Haverá um momento em que será necessário um limitador”.

Quanto ao assunto, o vereador Rodrigo Forneck (PT) pontuou que talvez seja o momento de dar início a esse debate. “Quando iniciamos o debate em torno de uma lei para regulamentar o transporte por aplicativo, por decisão conjunta, não foi imposto um limitador. O sistema em Nova York quebrou exatamente por isso. E só voltou a funcionar depois que a legislação estabeleceu um limite. Talvez seja a hora de iniciarmos essa discussão”, falou.

 

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