O governador em exercício Wherles Rocha, disse na tarde de segunda-feira, 11, na Casa Civil durante encontro com o especialista em agronegócio João Shimada, que “o Acre vive um momento de reencontro com sua vocação produtiva”.
A convite do diretor do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), professor Carlito Cavalcanti, o especialista em agronegócio João Shimada apresentou para os secretários de Meio Ambiente, Israel Milani, o secretário de agricultura, Paulo Wadt, o controlador-geral do Estado, Oscar Abrantes, a pesquisadora do Earth Innovation Institute, Elsa Mendoza, a coordenadora da Comissão Estadual de Validação e Acompanhamento (Ceva), Adelaide de Fátima, e para o procurador ambiental Érico Pires Barboza, o novo paradigma da sustentabilidade e as oportunidades desse vetor da economia através da redução das emissões por desmatamento e degradação florestal, o REDD+.
“Um dos melhores lugares para que essa aliança de desenvolvimento, produção agrícola e sustentabilidade aconteça é o Acre. Aqui temos aptidão, clima, solo e preservação. O desafio é construir um projeto de governo pensando mais amplo e agregando valor de produção. Transformar o selo verde em recursos”, garantiu Shimada.
A agenda ambiental envolvendo a equipe de produção da gestão Gladson Cameli começou pela manhã na sede da Secretaria de Meio Ambiente (Sema). O IMC quer uniformizar as informações junto ao setor produtivo sobre casos de sucesso na agricultura de baixa emissão de carbono, aperfeiçoando as linhas de créditos internacionais na execução da segunda fase do REM. “Essa é uma política global. O mercado consome produtos com valor agregado. Essa é uma tendência mundial onde investidores, bancos, produtores se voltam para acompanhar a demanda” disse Carlito Cavalcanti.
Para o secretário de agricultura, Paulo Wadt, passados vinte anos de um modelo falido “o Acre não pode mais errar”. Ao citar a quebra de paradigmas, o secretário destacou que os recursos viabilizados através da redução das emissões de carbono precisam chegar na ponta e promover melhorias na qualidade de vida dos beneficiários” acrescentou wadt.
Israel Milani destacou o ambiente de alinhamento entre os responsáveis pelo setor econômico do Estado frisando que, na segunda fase do REM, o KFW – banco de desenvolvimento alemão – aumentou o aporte financeiro com um valor de R$ 120 milhões.
“O REM vem fortalecer as cadeias produtivas no contexto do agronegócio, a bovinocultura e a agricultura familiar com políticas públicas aperfeiçoadas de fomento às práticas sustentáveis. Isso não significa dizer que vamos aderir ao desmatamento zero ou que vamos praticar florestania, mas ampliar os avanços com as novas tendências de mercado”, explica Milani.
Ao fazer uma contextualização da larga produção alcançada no passado pelo setor produtivo, o governador em exercício, Major Rocha, garantiu que o agronegócio veio para alavancar a economia do Estado com políticas públicas integradas e de total respeito ao Código Florestal.
“A mudança é pra valer. Contribuições como essa do Shimada são bem-vindas. O desafio agora, que o arcabouço jurisdicional está pronto, é agregar valor, garantir segurança alimentar para quem vive na floresta, nas margens dos rios, a conservação do solo e o meio ambiente”, conclui Rocha.