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MPAC denuncia homem que jogou água fervendo em partes íntimas da ex

O Ministério Público do Acre (MP-AC) denunciou Jessé Nogueira por lesão gravíssima. No dia 12 de fevereiro, em Sena Madureira, durante uma briga com Agerlândia Miranda, na época sua mulher, ele jogou água fervendo nas partes íntimas dela.

A vítima teve queimaduras de até 3º grau e ficou internada por 13 dias no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco. Na última sexta-feira, 15, ela passaria ainda por uma avaliação de um cirurgião plástico, mas a consulta foi remarcada porque, segundo ela, o médico não apareceu.

A denúncia, assinada pela promotora Juliana Barbosa Hoff, da Promotoria de Justiça Criminal, pronuncia Nogueira por lesão gravíssima devido à “deformidade permanente”.

“Denunciamos por lesão corporal gravíssima pela deformidade permanente, porque, embora o laudo não ateste isso, mas é notório que vai haver em razão da lesão causada”, explica a promotora.

Agora, cabe a Justiça avaliar se aceita ou não a denúncia do MP-AC. Caso aceite, Nogueira deve ser citado para que haja as audiências de instrução e julgamento. Até esta terça (19), a Justiça ainda não tinha avaliado a denúncia.

Recomeço

Agerlândia voltou para Sena Madureira, no interior do Acre, mas não para a casa onde morava com o ex-marido. Ela explica que o terreno onde casa foi construída é da família do suspeito. “Eu estou vivendo no aluguel com minhas filhas até que a situação se resolva”, explica.

Ela disse ainda que está recebendo ajuda do pai porque ainda não teve condições de voltar a trabalhar. Antes de tudo, ela trabalhava como cuidadora de idosos.

Nogueira foi preso em 24 de fevereiro após o delegado Marcos Frank pedir um novo exame que atestou lesão corporal grave. A princípio, o caso era tratado como lesão corporal apenas e, após se apresentar com o advogado na delegacia, o homem havia sido liberado.

Desde o dia em que foi preso, ele permanece no Presídio Evaristo de Moraes, em Sena Madureira. O G1 chegou a conversar com a defesa dele logo após a prisão.

A versão do suspeito é que ele estava jogando água fervendo em uma casa de formiga, quando começou a discussão com Agerlândia e, durante uma briga corporal, acabou jogando a água, acidentalmente na mulher.

Versão contraposta pela vítima, que alegou que o suspeito escolheu o local onde jogaria a água.

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