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Polícia já ouviu 20 pessoas em caso de bebê que morreu de broncoaspiração

A Polícia Civil já ouviu cerca de 20 pessoas no caso em que o policial federal Dheymersonn Cavalcante é acusado pela enfermeira Micilene Souza de premeditar a morte da filha Maria Cecília, de apenas dois meses.

O caso é investigado pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), sob o comando do delegado Martin Hessel. O policial federal nega as acusações.

A recém-nascida morreu em Rio Branco, no dia 8, por insuficiência respiratória após tomar duas mamadeiras de leite artificial. Micilene estava na capital acreana para fazer um exame de DNA a pedido do policial federal, que seria o pai da criança.

Para a mãe da criança, o policial premeditou a morte da menina junto com a mãe dele porque não queria pagar pensão alimentícia. Ela pediu medida protetiva na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre.

“Minhas manifestações serão quando finalizar. Não posso dizer quem foi ouvido, são testemunhas e estamos buscando pessoas que sabem sobre o relacionamento dos dois. Conforme vai aparecendo mais alguém, vamos ouvindo e colocando no inquérito para chegar em uma conclusão no final”, falou Hessel.

Sem laudos

O delegado complementou dizendo que ainda não recebeu os laudos periciais e nem o exame de DNA feito para saber se o policial é o mesmo o pai do bebê.

“Ainda está no prazo, mas estão correndo para finalizar e não deram o dia para entregar”, avaliou.

A enfermeira disse que o prazo é que o resultado do exame de DNA saia no dia 7 abril. “Estou confiante no trabalho da polícia”, disse.

Pedido de DNA

A criança nasceu prematura e chegou a ficar na UTI. Micilene disse que a bebê não conseguia mamar e que teve alergia a todos os leites artificiais. A mãe afirmou que sempre mandava informações e vídeos para o suposto pai e avó da criança.

Na primeira audiência, no início de março, sobre a pensão de alimentos gravídicos, Micilene afirmou que o policial não foi e que a advogada dele disse que ele estava disposto a pagar pelo DNA.

Ela contou que no primeiro momento não quis ir a Rio Branco com medo do que o homem pudesse fazer com ela e a criança.

“Eu sentia que ele ia matar a mim, ou minha filha. Bloqueei ele e a mãe dele, e ele mandou mensagem para minha irmã pedindo que eu não fizesse isso. Já à noite, eu decidi ir pra fazer o DNA. Quando cheguei em Rio Branco, tudo eu filmava, porque lá no fundo eu sabia que ele ia fazer alguma coisa com a gente”, afirmou na época.

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