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TFD garante a presença do Estado nos municípios isolados do Acre

Garantir a universalização do acesso à saúde é uma das premissas básicas do governador Gladson Cameli. Por isso, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), por meio do Tratamento Fora de Domícilio (TFD) tem feito todos os esforços no sentido de fazer com que a presença e assistência do Estado no tocante à saúde seja uma realidade.

Para se ter uma ideia da importância do serviço, em janeiro, o TFD realizou 31 fretamentos, atendendo municípios distantes e isolados, como Cruzeiro do Sul, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter, Feijó, Tarauacá, Jordão e Santa Rosa do Purus.

De acordo com a gerente-geral do Complexo Regulador da Sesacre, Cleilda Braga Dias, somente no mês passado o governo investiu quase R$ 423 mil para garantir o salvamento e o resgate de vidas em localidades distantes e isoladas. Se for contabilizado os 90 pacientes que o TFD envia para fora do Estado, num total de 180 pessoas (paciente e acompanhante) são quase R$ 900 mil investidos todos os meses.

Em relação ao frete simples, aqueles em que o paciente não precisa viajar deitado, foram investidos pouco mais de R$ 52 mil e para os aeromédicos, que são os fretamentos de aeronaves onde o paciente precisa estar acompanhado de uma equipe de profissionais, foram investidos R$ 370,8 mil.

“Todos os pacientes que a gente recebe do interior, atendimentos de urgência, a gente traz de aeronave até o aeroporto e de lá já tem uma ambulância com todo o suporte para levar esse paciente até a emergência do Hospital, seja para ser internado, seja para fazer uma cirurgia”, afirmou a gerente.

Vale lembrar que os pacientes atendidos no interior por meio do TFD tem total cobertura, desde a hora que entram no sistema até o óbito, se houver. “Nos últimos dias, infelizmente, tivemos três casos de óbito, mas todos foram atendidos e voltaram para seus domicílios”, informa.

 

Urgências – Nos municípios mais distantes e isolados, todos os casos de urgência são solucionados pelo TFD. Ela cita como exemplo o município do Jordão. Lá, quando alguém é baleado, não há como fazer a cirurgia no município e, então, é encaminhado para Rio Branco, mais especificamente o Hospital de Urgência e Emergência (Huerb).

“Jordão é uma unidade distante, não tem acesso de carro, então o paciente é transportado para Rio Branco e aqui ele já entra pela emergência do Huerb, onde se faz a cirurgia e todo o atendimento que esse paciente necessita”, diz.

Nesse caso, explica, além da cobertura total dos serviços, são realizados ainda todos os tratamentos eletivos. “Eles vem de lá para cá com TFD. A gente compra a passagem aérea, ele vem no voo comercial e eles vem desses municípios distantes e isolados com agendamento, hora marcada, tudo direitinho”, explica.

Fretamentos – A Sesacre, por meio do TFD, realiza basicamente dois tipos de fretamento. Um é o frete simples, onde o paciente não precisa viajar deitado e, além de trazer o paciente, aproveita o voo para trazer mais pacientes que precisam ser atendidos em Rio Branco.

Já os aeromédicos são mais complexos. Eles transportam aqueles pacientes que estão em estado muito grave, “geralmente é um problema de Acidente Vascular Cerebral (AVC)” e necessita chegar na capital com muita urgência. Tem todo o aparato de uma UTI, com médico e enfermeira.

 Parceria com Samu – A gerente-geral do complexo regulador explica que, seja com os fretamentos simples ou com os aeromédicos, todo o trabalho é realizado em parceria com o Serviço Móvel de Urgência (Samu).

“Quando chega no aeroporto, o paciente sai do avião e entra numa viatura do Samu, que também possui todo o aparato médico, como enfermeiros e toda a instalação de uma UTI. É um trabalho de salvar mesmo as pessoas, de evitar as mortes nas cidades mais distantes”, informa.

 

Novo avião – Cleilda Braga explicou que o novo avião adquirido pelo governo do Estado a partir de uma doação da Policia Federal (PF) irá reforçar o trabalho de resgate de pacientes no interior, principalmente no que diz respeito a economicidade.

“Ele (o avião) vai ser primordial para a economicidade do Estado porque hoje esse serviço é completamente coberto, mas a gente paga por todos os serviços que a gente realiza. Então, se tivermos um avião do Estado, a economia vai ser muito grande”, disse a gerente.

 

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