29 de maio de 2025
Jornal A Gazeta do Acre

GAZETA 93,3FM Ouça agora

Sem resultados
View All Result
  • Capa
  • Últimas Notícias
  • POLICIA
  • Geral
  • POLÍTICA
  • Colunas & Artigos
    • Roberta D’Albuquerque
    • O prazer é todo meu
    • Marcela Mastrangelo
    • Beth Passos
  • Social
    • Márcia Abreu
    • Giuliana Evangelista
    • Beth News
    • Jackie Pinheiro
    • Roberta Lima
    • Gazeta Estilo
  • Publicações Legais
    • Publicações Legais
    • Comunicados
    • Avisos
    • Editais
Jornal A Gazeta do Acre

GAZETA 93,3FM Ouça agora

29 de maio de 2025
Sem resultados
View All Result
Jornal A Gazeta do Acre
Sem resultados
View All Result

A presença francesa na Língua Portuguesa

A Gazeta do Acre por A Gazeta do Acre
10/04/2019 - 09:53
Manda no zap!CompartilharTuitar

Temos discutido, desde algum tempo, que a língua, um organismo vivo, está sujeita a sofrer modificações, alterações, mudanças no curso do tempo. A língua portuguesa, a exemplo de outras línguas, recebe herança de outros povos e esse legado pode ser apreciado pelas palavras estrangeiras que são incorporadas ao vocabulário português. Falamos, em artigos anteriores, da influência indígena, africana, espanhola, alemã, italiana, árabe. Hoje falamos da herança francesa tão presente no português, por força das relações políticas, culturais e comerciais.

Houve uma época em que a França serviu, para nós, de modelo cultural. Assim, muitas palavras do idioma de Molière representavam o que de mais chique se podia usar no Brasil. Companhias de teatro francesas se apresentavam no Rio e em São Paulo, para uma aristocracia que importava governantas e contratava professoras particulares para ensinar a língua tão agradável aos seus filhos. Os galicismos – palavras importadas do francês – apareciam nos textos literários e nos jornais, mas naquela época os intelectuais eram mais críticos e escreviam repudiando o modismo. Hoje, tem-se a clara concepção de que esse legado não empobreceu o idioma camoniano, antes o enriqueceu com novas palavras, como <<restaurante>>, <<manchete>>, <<garçon>>, <<vernissage>>, <<écharpe>>, <<tricot>>, <<abajur>>, <<chofer >>, << butique>>,<<laquê>>, <<bisturi>>,<< bureau>>, << buquê>>,<<boné>>, <<toalete>>, << purê>>, <<cabaré>>, <<cabina>>, <<cachecol>>, <<camioneta>>, <<bufete>>, <<buquê>>, <<bulevar>>, <<bidê>>, <<bibelô>>, <<avalanche>>, <<paletó>>, <<pane>>, <<pasteurizar>>, <<pivô>>, <<placar>>, <<plaqueta>>, <<platô>>, <<plissado>>, <<pompom>>, <<pônei>>, <<popelina>>, <<raqueta>>, <<sabotagem>>, <<sabotar>>, <<vitrina>>, <<vagão>>, <<vitral>>, <<vermute>>, <<usina>>, <<usineiro>>  etc, que refletem a raiz cultural francesa entre a gente do Brasil.

Depois, não se pode esquecer das quadrilhas, nas festas juninas,  que não são manifestações nascidas na nossa cultura popular. A quadrilha é uma dança europeia que, no século XIX, passou para os salões da aristocracia e da classe média do Brasil. Daí compreende-se nela haver palavras francesas que comandam os passos da dança, em toda a movimentação nos salões e, depois, nos espaços campestres no interior do Brasil até se transformar na “dança caipira da roça” tão presente entre nós, nos meses de junho e julho.

Compreende-se, daquilo que aqui se falou que o vocabulário de uma língua tem o importante papel de revelar o perfil de um povo. Por isso, os vocábulos não são estáticos no seu emprego: transformam-se quanto à significação ou frequência de uso, quer no decorrer do tempo, quer no lugar em que são usados, quer nas diferentes situações sociais.

RECEBA NOTÍCIAS NO CELULAR

Conclui-se, ao final, que o conjunto de vocábulos de uma língua funciona como espelho da cultura dessa língua, tendo, portanto, o papel de revelar interesses, hábitos de alimentação, vestuário, crenças,  cultura etc. Portadores desta função – de espelhar, de revelar o perfil do povo que as emprega – os vocábulos não poderiam ser estáticos no seu emprego. Assim, quer no tempo, quer no espaço (país, estado, cidade, bairro, rua, …), quer nas camadas sociais, quer na situação social em que são usados, os vocábulos se transformam, por exemplo, quanto à sua significação, sua forma, sua frequência de emprego. Cada língua tem sua individualidade, seu comportamento, sua lógica. Cada língua traduz a história de seus falantes.

DICAS DE GRAMÁTICA

 

BANCAS DE JORNAL / BANCAS DE JORNAIS
– As palavras compostas unidas pela preposição DE, pluralizam apenas o primeiro elemento:
Ex.: pés-de-moleque | testas-de-ferro | frutas-do-conde
O mesmo acontece com expressões como:
. bancas de jornal | casas de aluguel | camas de casal
. escovas de dente | casas de massagem | pilhas de rádio.

 

BASTANTE / BASTANTES
– Bastante pode ser um adjetivo ou um advérbio. Será um adjetivo quando se referir a um substantivo. Caso se refira a outra classe de palavra será advérbio. Quando é um adjetivo, varia, isto é, concorda com o substantivo; quando é advérbio, permanece invariável.
· Estudamos bastante. (advérbio, portanto: invariável, pois se refere ao verbo)
· Tenho bastantes razões para acreditar em ti. (adjetivo, portanto: varia, pois se refere ao substantivo razões).
Truque: Para sabermos usar, basta trocar o bastante por muito. Se o muito variar, o bastante também varia. Se o muito ficar invariável, o bastante também deve ficar.
· As crianças estão bastante alegres. (As crianças estão muito alegres).
· Havia bastantes pessoas no cinema. (Havia muitas pessoas no cinema).

 

BEM-VINDO / BENVINDO
– Bem- vindo é a forma correta. Bem pede sempre o hífen.
Ex.: Bem-aventurado, bem-querer, bem-amado, bem-te-vi
Benvindo é usado como nome próprio.

 

——————————-

Luísa Galvão Lessa Karlberg – É Pós-Doutora em Lexicologia e Lexicografia pela Université de Montréal, Canadá; Doutora em Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

 

 

Compartilhe:

  • WhatsApp
  • Publicar
  • Threads
  • Telegram
  • E-mail

Siga 'A Gazeta do Acre' nas redes sociais

  • Canal do Whatsapp
  • X (ex-Twitter)
  • Instagram
  • Facebook
  • TikTok



Anterior

GAZETINHAS – 10-04-2019

Próxima Notícia

Acre se consolida como corredor do tráfico de cocaína no Brasil, apontam dados da PRF

Mais Notícias

Beth Passos

Cortinas

27/05/2025
Beth Passos

Os afetos da memória

19/05/2025
Beth Passos

Humildade de observar e ensinar

16/05/2025
Roberta D'Albuquerque

Gê de gente

12/05/2025
O prazer é todo meu

O que a cor do seu sangue menstrual pode revelar?

06/05/2025
Beth Passos

Não desviar os olhos

05/05/2025
Mais notícias
Próxima Notícia
Acre se consolida como corredor do tráfico de cocaína no Brasil, apontam dados da PRF

Acre se consolida como corredor do tráfico de cocaína no Brasil, apontam dados da PRF

O NIVER DE UMA DAMA

Jornal A Gazeta do Acre

© 2022 - Todos os direitos reservados. A Gazeta do Acre

  • Expediente
  • Fale Conosco

Sem resultados
View All Result
  • Capa
  • Últimas Notícias
  • Polícia
  • Geral
  • Política
  • Colunistas & Artigos
    • Roberta D’Albuquerque
    • O prazer é todo meu
    • Marcela Mastrangelo
    • Beth Passos
  • Social
    • Márcia Abreu
    • Giuliana Evangelista
    • Beth News
    • Jackie Pinheiro
    • Roberta Lima
    • Gazeta Estilo
  • Publicações Legais
    • Publicações Legais
    • Comunicados
    • Avisos
    • Editais
  • Receba Notícias no celular
  • Expediente
  • Fale Conosco

© 2022 - Todos os direitos reservados. A Gazeta do Acre