O roubo de R$ 126 mil praticado contra uma agência dos Correios em Jordão há 20 dias por criminosos endossa uma estatística vivenciada nos últimos dois anos no Acre. Em 2018, duas instituições financeiras foram alvos de criminosos no Estado. Os dados são do Sistema Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Em 2018, Rondônia não registrou nenhuma ocorrência dessa natureza. Amazonas foram 65 ocorrências. Roraima aparece com seis registros, enquanto o Pará desponta com 24 notificações com relação a esse tipo de delito. O Tocantins apenas quatro ocorrências e Amapá com doze notícias crime.
Voltando ao Acre, 2015 e 2016 não houveram registros desse tipo de crime. Já em 2017, o número alcançou cinco ocorrências.
Um dos assaltos a bancos mais violentos no Estado foi praticado em 2009, contra a uma agência do Banco do Brasil, em Feijó. Os criminosos tocaram o terror na cidade e ao fugirem foram perseguidos por homens da Polícia Militar. Na ação, o sargento Josimar da Costa Moreira foi atingido por disparos e caiu nas águas do Rio Purus. Seu corpo nunca foi encontrado.
Este tipo de crime é peculiar de cidades do interior, sem grandes aparatos policiais. O fato acontecido em Jordão, em março, reacende o debate por mais segurança nos municípios do Acre.
Os deputados Edvaldo Magalhães e Jenilson Leite, ambos do PCdoB, estiveram na sede da Polícia Federal, em Rio Branco, cobrando providências quanto ao caso.
“Não podemos deixar que uma cidade como Jordão possa ocorrer assaltos como esse e que não seja dada uma resposta para a população. Se ficamos calados mediante este caso, outros pode vir acontecer. A solução do caso pode coibirá outros no futuro”, disse Jenilson Leite.