De passagem pelo parlamento estadual na manhã de quarta-feira, 24, o secretário-geral do Partido Democratas (DEM), Paulo Ximenes, confirmou que a legenda não integra mais a aliança de apoio ao governo de Gladson Cameli (PP).
Na oportunidade, ele criticou também a forma como Raphael Bastos e o DEM tomaram ciência da exoneração. “Um partido aliado como o nosso saber da exoneração de um secretário de Estado pela imprensa é a prova do desrespeito que esse governo tem pelo DEM. Vamos sair do governo e vamos fazer oposição. Estamos comunicando as bases do partido em todo Estado que estamos fora desse governo”, afirmou.
Ximenes classificou a exoneração de Bastos como ‘uma queda de braço entre o Tribunal de Contas do Estado e o indicado do DEM’.
“Para ficar no governo tem que fazer o jogo do GPPE que é comandado pelo TCE. O Raphael Bastos era contra que desvinculasse as decisões do grupo para que o Acre se desenvolvesse. Quem comanda é o Malheiros, que de longe, manda no governo do Gladson e o Democratas não vai ficar refém disso. Não estávamos no governo por cargos e sim por um projeto político de futuro ao Acre”, enfatizou o secretário-geral do DEM.
Apesar da afirmação de Ximenes, o presidente da legenda, deputado Alan Rick, em entrevista a site local, frisou que o partido se posicionará somente depois de conversar com o governador.
“O governador me ligou e marcamos uma reunião. Decisão se toma com calma e paciência. Sem açodamento. Não ouvi o governador sobre seus motivos para a exoneração do Raphael. Vamos ouvi-lo primeiro e depois chamamos a executiva do partido para uma reunião para tirar um entendimento”, disse Alan.
O parlamentar também frisou que irá levar a demissão de Rafhael Bastos ao conhecimento do presidente Nacional do Democratas, ACM Neto, e aos ministros Onyx Lorenzoni e Tereza Cristina. “Vou comunicar ao partido em nível nacional como o governador tem nos tratado”, ressaltou.