“O Estado não vai desembolsar um centavo a mais”. A frase é do governador Gladson Cameli (PP) em resposta ao pedido dos investidores do Complexo de Piscicultura Peixes da Amazônia, que solicitou do Estado um aporte financeiro mensal de R$ 200 mil para assegurar o pagamento de funcionários e a manutenção do empreendimento durante um ano.
Ao citar as dificuldades financeiras enfrentadas pelo Acre, Cameli defende o fim da iniciativa público-privada. “O Estado não está dando conta nem das suas obrigações. Nós temos mais é que passar o que puder para a iniciativa privada. Tudo que for público-privado, para o privado”, falou.
Durante reunião com empresários locais e parte de seus secretários estaduais, ocorrida na manhã de ontem, 1º, na sede da Federação da Agricultura, onde anunciou o Programa de Desenvolvimento e Recuperação da Economia, com investimentos de R$ 838,9 milhões, o governador garantiu que auxiliaria os empresários na captação de novos investidores e clientes.
“Me disponibilizo a reunir com os investidores da Peixes da Amazônia para juntos traçarmos uma nova estratégia para fortalecer o empreendimento, porém, auxílio financeiro do Estado, no momento, é inviável. O que a empresa precisa é de novos investidores”, disse Gladson ao empresário Beto Moretto, dono do Café Contri.
Pedido de ajuda
Na semana passada um grupo de investidores da Peixes da Amazônia manifestaram preocupação com a atual cenário financeiro do empreendimento. Nesse sentido, pediram ao Estado uma ajuda financeira no aporte de R$ 200 mil, em contrapartida, os empresários garantiriam outros R$ 100 mil para assegurar o pagamento de funcionários e a manutenção do empreendimento até o final do processo de recuperação judicial que a empresa enfrenta.