O documentário Empate, de Sérgio Carvalho, foi exibido, nesta terça-feira, 2, na sede do parlamento Europeu, em Bruxelas. A apresentação, a convite da deputada portuguesa Marisa Matias, ocorreu no lançamento da mostra Cine Luso Espírito Mundo.
Como o tema da mostra é Meio Ambiente, também foi realizado o debate ‘Floresta Amazônica, uma história de resistência’ que abordou a importância da mobilização política internacional em relação ao desmatamento e os rumos da Amazônia.
A representatividade de Chico Mendes no contexto histórico da preservação da floresta também foi abordada.
Participaram do evento Ângela Mendes, filha de Chico Mendes e convidada especial, Fernnando Burgés, da UNPO (Unrepresented Nations and Peoples Organization), e Aline Yasmin (Cine Luso Espirito Mundo), além do diretor Sergio Carvalho.
Produzido pela Saci Filmes, o documentário Empate dá voz aos protagonistas do movimento seringueiro das décadas de 70 e 80, no Acre, e propõe a reflexão de como este momento histórico repercute ainda hoje na Amazônia e no resto do mundo. O longa estreou nos cinemas brasileiros na 22ª Mostra de Tiradentes.
Sobre o diretor
Sérgio de Carvalho é formado em Cinema pela Universidade Estácio de Sá. Diretor, produtor e escritor. Atualmente, ele é secretário municipal de cultura da Rio Branco.
O que é um empate?
Segundo relato de Chico Mendes, reproduzido pelo Jornal do Brasil, 13 dias antes de seu assassinato, um empate é “uma forma de luta que nós encontramos para impedir o desmatamento. A gente se coloca diante dos peões e jágunços, com nossas famílias, mulheres, crianças e velhos, e pedimos para eles não desmatarem e se retirarem do local. Eles, como trabalhadores, a gente explica, estão também com o futuro ameaçado. E esse discurso, emocionado sempre gera resultados. Até porque quem desmata é o peão simples, indefeso e inconsciente”.