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Denúncia grave tem que ser apurada

A denúncia do pai dos bebês gêmeos que morreram na Maternidade Bárbara Heliodora, no dia 3 de abril, segue dando o que falar. A repercussão dessa vez foi no Parlamento estadual. Após o caso ser levado à luz das devidas investigações da Polícia Federal e do Ministério Público, chegou a hora de os nossos nobres deputados fazerem a sua apuração na Aleac.

O estardalhaço que se faz desse caso é justificável. Alguns indagam: outros bebês morrem em circunstâncias parecidas na maternidade, portanto, por que esse incidente é especial? Sim, é um fato recorrente. Mas, isso não quer dizer que desmereça atenção. Pelo contrário. E também não é que este seja um caso “especial”. É só emblemático, logo, demanda respostas.

Todo caso mais grave de óbito na maternidade, com indícios mínimos de suposta incidência de falha dos profissionais que atuarem nele, requer, sim, os holofotes. Não devem ficar restritos a surdina de procedimentos administrativos internos. A população precisa saber. As autoridades responsáveis precisam se empenhar ao máximo pela apuração dos fatos.

A perda tão precoce destes bebês é um prejuízo inestimável à sociedade.

Não se trata de fazer qualquer tipo de caça às bruxas. Já temos poucos médicos no Acre. Eles merecem valorização, e não ser achincalhados toda vez que alguém lhes aponta o dedo e fala: “você matou meu filho”. É uma questão de fazer a devida investigação e, se restar comprovada a negligência, que os culpados, então, sejam devidamente responsabilizados.

A Gazeta do Acre: