Dados da Polícia Rodoviária Federal confirmam que o Acre tem se firmado como um verdadeiro corredor para a entrada de drogas, especialmente cocaína, que abastecem outras regiões do País. O principal recebedor é o eixo Rio-São Paulo. Só em 2019, foram apreendidos 235 quilos de cocaína nas duas rodovias federais que cortam o Estado, a BR-317 e a BR-364. A primeira se destaca como a principal rota do tráfico de drogas e outros ilícitos.
Além da cocaína, o contrabando de cigarros da Bolívia e Peru é outro negócio lucrativo, mas que tem sido combatido em operações de rotina pelos agentes da PRF no Acre. Nos três primeiros meses deste ano, foram apreendidos 575 pacotes do produto.
Nesta rota do contrabando, bebidas importadas entram na lista. Foram 21 litros apreendidos. Outros itens que começam a ganhar o mercado clandestino, também, são os cosméticos. Mais de 60 unidades de produtos dedicados à beleza foram retiradas de circulação por não haver comprovação da procedência.
A apreensão de armas nas rodovias parece tímida. Apenas duas foram apreendidas e 22 unidades de munições. Essa baixa demanda na rota do Acre pode ser explicada pela proximidade do Paraguai com outras rotas de entrada no país que dão alcance maior aos morros cariocas e às favelas paulistanas.
Os dados fazem parte da Parte Diária Informatizada (PDI) da Polícia Rodoviária Federal no Acre e corresponde a período de 1º de janeiro a 7 de abril de 2019. Além dessas apreensões, 30 pessoas foram presas e 13 veículos recuperados. Mais de 8.577 veículos foram fiscalizados nesses quase 100 dias de 2019.
Segundo o chefe do Núcleo de Comunicação Social da PRF/AC, inspetor Wilse Filho, os números apresentados fazem parte de uma série de ações desenvolvidas pela PRF no Estado no sentido de coibir os crimes cometidos nas rodovias. Esses crimes vão desde infrações de trânsito até o tráfico de entorpecentes.
“Se fizermos um comparativo com o mesmo período de 2018, vamos perceber que houve uma quantidade maior de apreensões, principalmente de drogas. Isso é fruto de um trabalho prévio. A gente investe nos servidores, nos policiais em relação à capacitação e os números são frutos desse trabalho. Consideramos os números satisfatórios”, disse Wilse Filho.