A destruição provocada pelo incêndio que atingiu a catedral de Notre-Dame, em Paris, na tarde da última segunda-feira, 15, comoveu o mundo inteiro, inclusive acreanos que conheceram o local e outros que residem na cidade parisiense.
É o caso da servidora pública federal Liciane Calixto, que visitou a catedral juntamente com seu esposo em janeiro deste ano. Ela define a beleza da arquitetura do local como “inquestionável”. Vale destacar que a catedral era tida como uma obra-prima gótica, berço de inspiração para inúmeros movimentos artísticos mundiais.
“Aquele lugar é simplesmente lindo. Você se emociona muito em estar lá e imaginar o quanto de história aquelas paredes carregam”, conta.
Assim como milhares de pessoas pelo mundo, Calixto se emocionou ao ver Notre-Dame em chamas e lamentou a tragédia.
“Fiquei bastante triste porque, com certeza, é uma grande perda tanto para a arquitetura quanto para a história e cultura da humanidade. Eu também queria que meu filho um dia fosse lá e tivesse a oportunidade de conhecer o que eu conheci. Espero que consigam restaurar o que foi perdido”.
O incêndio destruiu todo o telhado e a armação do local. Parte da abóbada e a “flecha” (torre mais alta) caíram. A Santa Coroa, que, segundo a Igreja Católica, foi utilizada por Jesus Cristo antes da crucificação, não foi danificada. Ela é considerada a relíquia mais valiosa guardada na igreja.
Especialistas acreditam que a reconstrução da catedral pode levar décadas. O governo francês já começou os trabalhos para viabilizar a restauração do monumento, que recebia em torno de 13 milhões de visitantes por ano.
Milionários franceses, empresas e até uma cidade húngara prometeram ajudar na reconstrução da Catedral. Uma fundação já arrecadou mais de 590 milhões de euros, o que equivale a 2,6 bilhões de reais, para a recuperação do monumento.