O Ministério da Infraestrutura anunciou na noite de segunda-feira, 22, o compromisso com os caminhoneiros de repassar o aumento de R$ 0,10 do litro do diesel para a tabela de fretes.
A decisão veio após o ministro Tarcísio Gomes se reunir com representantes da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, caminhoneiros e outras entidades.
Nesse sentido, a categoria decidiu recuar da intenção de deflagrar greve dos transportadores a partir da próxima segunda-feira, 29.
Outra medida que deverá ser adotada é o reforço na cobrança de empresas e embarcadores que não estejam pagando o piso mínimo do frete.
A tabela de fretes foi criada ano passado pelo então presidente Michel Temer, após a greve dos caminhoneiros bloquear estradas e comprometer abastecimento de combustível, de medicamentos e alimentos em todo o Brasil. Na época, até o abastecimento de aeronaves foi racionado.
O presidente da Associação Comercial do Acre (Acisa), Celestino Bento, afirma que, com a negociação entre governo e caminhoneiros, não há possibilidade de greve na próxima semana.
Mesmo assim, Bento destaca que uma paralisação da categoria poderia, mais uma vez, prejudicar a economia do país.
“Qualquer paralisação neste momento prejudicaria bastante, mas não vejo possibilidade não. Depois dessa reunião com o ministro e pelo que foi proposto, acho que já atende bem a categoria”.
O presidente da Associação Acreana de Supermercados (Asas), Adem Araújo, diz que uma possível paralisação poderia deixar os supermercados do Acre desabastecidos. “Não temos tempo para estoque, os pedidos levam em média 15 dias para chegar. Os perecíveis não tem como estocar por que o prazo de validade é curto”.
