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Rio Branco registra 20% de aumento no número de homicídios nos primeiros 23 dias em abril

Nem mesmo as intensas operações desencadeadas pelas polícias acreanas têm inibido as ações dos criminosos. O número de homicídios nos primeiros 23 dias de abril deste ano superou os registrados em 2018, em Rio Branco. Foram doze mortes violentas contra dez no mesmo período do ano passado. Um aumento de 20% dos casos.

Ao analisar os crimes em Rio Branco no período de 1° de janeiro ao dia 23 de abril quando os dados foram divulgados, ou seja, compreendendo os 113 dias de 2019, a capital acreana registrou 66 mortes violentas, contra 71 de 2018. Uma diferença de cinco homicídios. A redução de 7,4%, considerada pequena ao comparar os dois períodos.

Nos últimos dias, três homicídios chocaram Rio Branco. O caso da menina Melina Queiroz, 12 anos, morta no Calafate durante a Semana Santa por criminosos que invadiram a casa de carne onde o pai trabalhava com a filha. A morte do motoboy Antônio Cosme, 25 anos, também no Calafate. E, por último, o assassinato do mototaxista, Francisco Lima, 33 anos, durante um assalto na Rua Mem de Sá, na Bahia Nova.

Os três casos seguem investigados pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Até o momento não foram presos nenhum suspeito de praticar as mortes.

O delegado aposentado, Walter Prado disse na última semana que é necessário a criação de uma força-tarefa por parte da Segurança Pública para investigar os crimes hediondos. Ele acredita que apenas um delegado e um corpo pequeno de agentes não darão conta da alta demanda o que, segundo ele, fará que a impunidade reine absoluta.

“Enquanto não se criar um grupo para apurar especificamente os crimes hediondos, não vai reduzir nada. As ações esporádicas e separadas. Não são permanentes. Quem não elucida, não combate”, destaca o ex-diretor de Polícia Civil do Acre, que na época foi responsável por elevar a taxa de elucidação de crimes a 94%.

Ao voltar a analisar os números, dessa vez numa dimensão estadual, os casos de homicídios de 1° de janeiro até o último dia 23 de abril foram 97 contra 130 de 2018 para o mesmo período. Um total de 33 casos a menos que o ano passado.

Foto/ Ilustração
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