O tema Segurança Pública voltou a pautar os debates na Câmara de Rio Branco na sessão de quinta-feira, 25. Na oportunidade, os vereadores, além de cobrarem ações mais enérgicas do Governo do Estado, também questionaram a atuação dos deputados estaduais frente ao crescimento da violência no Acre.
Para o vereador N. Lima (PSL), os parlamentares estão sendo omissos no debate. “O Estado se afundando com tanta violência e os deputados estaduais só falam sobre CPI da Energia. Não desmereço a importância desse tema, mas é de causar estranheza tanto silêncio. Por que não estão cobrando ações efetivas do governo? Parece que estão esquecendo as coisas mais importantes do Estado e uma delas é segurança”, disse. N. Lima.
O parlamentar fez ainda uma comparação entre a gestão passada e atual. Disse que na área de segurança continua a mesma coisa. “A insegurança está igual ou até pior do que na gestão anterior. E ainda vem o secretário dizer que a violência baixou. Não sei onde isso. No Calafate não baixou. E tende a piorar com a saída de 70 presos em progressão sem monitoração eletrônica”, falou.
Ele cobrou um plano de ação por parte da Secretaria de Segurança Pública. “Não tem por que colocar todos os carros de polícia em um bairro só. Isso é não saber usar os recursos que tem”.
O vereador Railson Correia (Podemos) também “puxou a orelha” dos deputados estaduais. “Na Aleac só se fala de CPI. É da Energisa, do Depasa, enfim, não vemos nenhum deputado tratando sobre o crescimento da violência no Estado. Não falam, não debatem, não cobram. Vão esperar que uma tragédia maior aconteça, – como aconteceu com a vereadora Mariele Franco, lá no Rio de Janeiro -, para trazerem o debate à ordem do dia? Nesse sentido parabenizo essa Casa Legislativa [Câmara] que não tem se furtado desse debate”.
Correia defende que todos os parlamentares (municipais, estaduais e federais) se unam no debate. “Não estamos aqui afirmando que o governo não tem agido, porém, o que está sendo feito não tem sido o suficiente. E não sou eu quem falo, é a população. Ninguém se sente seguro nem dentro da própria casa. Temos que debater novas ações já que as que foram colocadas em prática não estão dando certo. É preciso a união de todos os entes para combater esse mal”, finalizou.