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Aparando as arestas

“Quem tá, tá. Quem não tá, não tá. Paciência!”. Por mais estranha – ou ‘Dilmática’- que pareça tal afirmação, ela expressa, de uma forma bem simples e direta, muitos significados. Basta entender e acompanhar minimamente da política local para se dar conta que a relação do governo Gladson Cameli com os deputados estaduais não estava (ou pelo menos não parecia estar) muito afinada em se tratando das últimas votações e fatos políticos na Aleac.

Não existe governo sozinho, isolado. Qualquer tentativa nesse sentido vai configurar a de uma gestão contraproducente, sem a chamada governabilidade. Executivo e Legislativo são poderes distintos, e mesmo que um aparente ter um aporte bem maior do que o outro, eles não devem se subordinar. Cada qual deve fazer, dentro do seu quadrado, seu respectivo papel.

É imprescindível que o governador Gladson Cameli tenha agendas com os parlamentares estaduais iguais a essa que foi realizada ontem. Gladson precisa ter em mente as verdadeiras posições e intenções da sua chamada base de apoio na Aleac. Só assim, o gestor e sua equipe de articulação política vão poder agir no sentido das articulações necessárias para a aprovação de pautas e projetos do interesse do Executivo (e da população também, presume-se).

O governador deve manter agendas contínuas e com mais frequência junto aos deputados estaduais. Eles devem estar alinhados, sempre batendo aquela velha DR e aparando as arestas. Caso contrário, o governo vai ficar amarrado. E só quem perde é o povo, sempre o povo.

A Gazeta do Acre: