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Apesar de contratação de médico, aparelho de radioterapia continua parado no Acre

Foto/ Reprodução-Rede Amazônica Acre

Os pacientes do Hospital do Câncer do Acre (Unacon) que precisam fazer radioterapia são encaminhados para fazer tratamento em Rondônia. Situação que muitas vezes causa transtorno para pacientes, familiares e acompanhantes.

É o caso do aposentado Germano Cabral, de 75 anos. Cadeirante e diagnosticado com câncer de próstata, ele precisa fazer sessões de radioterapia no estado vizinho. Mas devido seu estado de saúde, a viagem é quase impossível.

“Ele não fala, não anda, ele usa fraldas, e ele é dependente de tudo. Já fui no TDF e expliquei que ele não tem condições de viajar, ele não anda e é muito debilitado. Eu quero saber por que a máquina não funciona, porque não é só ele que está nessa situação”, explica a esposa do paciente, Maria Auxiliadora.

Ainda segundo Auxiliadora, seu esposo dever ficar em Rondônia por até seis meses. “Não tenho condições de sair com ele daqui e o médico disse que tem urgência em fazer esse tratamento. Só quero que ele faça o tratamento aqui”.

Desde 2015 esse tipo de procedimento não está sendo oferecido pelo Unacon. Mesmo com a recente contratação de um físico médico pelo Governo do Estado, o tratamento de radioterapia continua parado na unidade.

Procurado pela reportagem, o técnico responsável pela radioterapia do Unacon, Dr. Miguel Guizzard, explica que o processo de remoção da fonte de cobalto (antigo equipamento utilizado) para instalação da nova máquina está em andamento. Porém, ele não sabe informar quando o serviço será normalizado.

“Estamos resolvendo algumas pendências com relação a retirada da fonte de cobalto. O problema é que tem a parte burocrática disso, precisamos validar cálculos, reparos, enfim. A máquina está instalada, a equipe está montada, estamos em fase de conclusão para a máquina funcionar”, esclarece.

Questionado sobre a situação dos pacientes que não têm condições de viajar para outro estado, Guizzard afirma que não há casos desse tipo na unidade. Assim, como relatado pela esposa de Cabral.

“Até hoje, não teve nenhuma situação dessas, com essa dificuldade. O governo está empenhando em resolver muito rápido e as coisas estão acontecendo de uma maneira muito favorável. Nesses últimos anos, só tive uma paciente que precisou ir deitada no avião”.

O médico aponta que a suspensão de voos diretos de Rio Branco para Rondônia torna o percurso mais cansativo, porém, não há interferências para fazer a viagem pelo TFD.

“Sem o voo direto para Porto Velho, os pacientes precisam fazer uma viagem muito mais longa. Isso nos angustia muito, por isso queremos instalar uma máquina nova o mais rápido possível”, conclui.

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