A ordem dada pelo Governo do Acre para uma auditoria no programa guardião pode gerar um atrito entre delegados e a Secretaria de Segurança Pública, hoje coordenada por um militar, o coronel Paulo Cézar dos Santos. A relação entre Polícia Civil e Militar nunca foi das melhores.
A Segurança Pública do Acre quer saber se o sistema guardião tem sido utilizado de modo ilícito para escutas não autorizadas pelo Poder Judiciário.
De acordo com o governador em exercício, Major Rocha (PSDB), o objetivo da investigação é punir àqueles que possam ter utilizado o aparelho para perseguir desafetos até mesmo no campo político. “Se tiver algo errado na utilização, o autor vai pagar pelo crime”, comentou Rocha.
A GAZETA entrou em contato com o secretário de Estado de Polícia Civil, Rêmullo Diniz, mas ele não respondeu nossos questionamentos acerca do guardião.
Na última semana, o governador Gladson Cameli (PP) esteve reunido com delegados de Polícia Civil para tratar a respeito da retirada do status de Secretaria. A minirreforma que deve ser enviada à Assembleia Legislativa do Acre prevê, entre outras coisas, a criação do Departamento de Polícia Civil. Uma minuta do projeto foi entregue pelos delegados ao governo.