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Em Brasília, Guida Aquino apresenta dados e diz que Ufac já trabalha com déficit

O anúncio do corte de 30% no orçamento das universidades públicas pelo governo federal tem preocupado a reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Guida Aquino. Ela esteve no começo da semana em Brasília e apresentou à bancada acreana, os impactos que a medida trará à instituição de ensino. São R$ 15 milhões a menos no orçamento da instituição.

Guida Aquino disse aos parlamentares que a Ufac já iniciou o ano de 2019 no vermelho, com um déficit de R$ 5,7 milhões. Para manter a universidade funcionando, os gestores precisam de R$ 2 milhões 750 mil. Com o corte, ficará apenas R$ 2 milhões 250 mil por mês. Uma redução mensal de R$ 500 mil.

A reitora explica que o corte orçamentário implica diretamente, além da suspensão das aulas, “serão cancelados contratos com empresas terceirizadas, o que vai impactar diretamente 350 postos de trabalho, o funcionamento do Restaurante Universitário e as ações de ensino nos municípios. Por isso, precisamos de união e de todo apoio possível, principalmente dos nossos parlamentares”, diz Guida Aquino ao defender um levante da bancada acreana em Brasília para cobrar explicações ao MEC.

Aquino disse que reitores de todo País se reuniram com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, mas sem avanços significativos. Ela explicou que caso, se concretize a ideia do MEC, a Ufac fecha as suas portas dia 31 de julho deste ano.

Essa semana, o deputado federal Flaviano Melo (MDB/AC) disse que a Câmara dos Deputados aprovou o pedido de convocação do ministro da Educação, Abraham Weintraub, para explicar os motivos para os cortes. Ele destaca que era necessário mais investimento na Educação e não impor às universidades arrocho em seus orçamentos.

“Isso é um absurdo que isso aconteça. Educação tem que ser prioridade. Está cortando em 30%, não tem sentido. Então, tem que vir aqui e explicar direitinho o que aconteceu”, destaca o emedebista.

Ontem, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) publicou uma nota dizendo que mais de 10 mil estudantes serão prejudicados no Acre somente da Ufac. A nota diz, ainda, que 3.317 vagas de graduação e pós-graduação deixarão de ser oferecidas. Mais de 600 acadêmicos de mestrado serão prejudicados.

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