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Greve de motoristas de aplicativos tem baixa adesão em Rio Branco

Apesar de os motoristas acreanos aderirem à paralisação mundial nesta quarta-feira, 8, os aplicativos de transporte privado funcionaram normalmente  durante o dia, conforme apurado pela reportagem.

Ao abrir o app foi possível observar vários carros disponíveis e, ao solicitar um motorista, a corrida foi aceita sem demora. A tarifa também não teve aumento, como em alguns estados brasileiros.

Desde a 00h de quarta-feira, milhares de motoristas da Uber no Brasil aderiram ao movimento mundial iniciado nos Estados Unidos de parar os trabalhos por 24 horas. Na teoria, a paralisação terminou às 00h desta quinta-feira, 9.

Entre as reinvindicações da categoria estão aumento do pagamento e redução dos percentuais descontados dos motoristas. A questão da segurança durante o trabalho também é outro motivo de reclamações.

Em Rio Branco, alguns motoristas se reuniram em frente à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nesta quarta, por volta das 9h.

O presidente da Cooperativa dos Aplicativos do Acre, Rodrigo Vale, diz que além da pauta nacional, os motoristas acreanos sofrem com o alto preço da gasolina. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o Acre tem a gasolina mais cara do país.

“Não houve aumento na tarifa por quilômetro e nem revisão da mínima. Chegam a descontar entre 25 e 50% nas corridas. O que a gente ganha não acompanha a inflação. Isso sem falar que as peças no Acre, são muito mais caras, devido à logística”, disse.

Vale estima que aproximadamente 700 motoristas aderiram ao movimento em Rio Branco.

“É importante entender que a nossa reivindicação não é com relação ao valor final que o usuário paga, mas a retenção por parte dos aplicativos de mobilidade, que chega a 50%, dependendo da distância e tempo percorridos”, explica.

Vale lembrar que o protesto coincide com abertura de capital da Uber na Bolsa de Valores de Nova York, que ocorre nesta quinta-feira, 9.

FOTO/ CONTILNET
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