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Preço de passagens aéreas dispara nos últimos 15 dias; tendência é continuar subindo

A crise da Avianca, que está em processo de recuperação judicial, afeta diretamente o preço das passagens aéreas no Brasil, sobretudo no Acre.

Segundo pesquisa feita por uma consultoria de viagens, nos últimos 15 dias, os preços das passagens aéreas tiveram um aumento médio de 14%. Antes dos cancelamentos de voos por parte da Avianca, que começaram em abril, as passagens estavam com um preço médio de R$ 630,00. Agora, a média subiu para R$ 717,60.

A servidora pública Aline Lima acompanhou de perto o aumento enquanto procurava passagens com destino à Bahia. O trecho Rio Branco/Bahia subiu de R$ 680 para quase R$ 900 em duas semanas.

“No começo de abril comecei a pesquisa e encontrei até de R$ 680,00, mas achei que esse valor poderia baixar. No final do mês, o mesmo trecho já estava custando quase R$ 900,00 e eu acabei saindo no prejuízo por não comprar antes”, conta.

A crise da empresa mostra, ainda, que o mercado da aviação é dominado por duas empresas: Latam e Gol. O consumidor já sente os impactos da baixa oferta de voos. As promoções também não acontecem como antes, mesmo em um período considerado de ‘baixa temporada’.

O preço de uma passagem aérea de Rio Branco para Cruzeiro do Sul também continua acima de R$ 1 mil. Em abril, os valores ultrapassaram R$ 2 mil. Este mês, conforme apurado pela reportagem, os valores oscilam entre R$ 1.400 e R$ 1.500.

Conforme levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os bilhetes tiveram alta média de 5,54%, entre março e abril, com alta de 7,54% em fevereiro.

Dependendo da rota que o consumidor for comprar, a diferença entre os valores cobrados hoje e os de há um ano podem superar 140%, segundo fontes do IBGE.

Os preços que já são considerados abusivos e podem continuar subindo até o final do mês, com a possível votação da proposta da Comissão Mista da Medida Provisória do setor aéreo, que aprovou a retomada do despacho gratuito de bagagens de até 23kg.

O texto ainda precisa ser aprovado nos plenários da Câmara e do Senado antes de virar lei. O prazo é até o dia 22 de maio.

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