O deputado Roberto Duarte (MDB) disse que a nova reforma administrativa enviada à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) tem por objetivo a criação de novos cargos comissionados e acomodar ex-petistas no governo. Para se ter uma ideia do tamanho da despesa, são R$ 160 milhões que o Estado vai desembolsar para pagar os 1.300 cargos comissionados, 450 a mais daquilo que estava previsto na reforma de dezembro.
“No meu entendimento, a verdadeira intenção dessa minirreforma é a criação de cargos, os demais pontos dela são meros penduricalhos. Para termos uma ideia, a nova proposta de reforma do governo trás um gasto de quase 160 milhões ao ano aos cofres públicos”, disse Duarte ao refutar a proposta.
Ao falar da criação de novas secretarias, sem citar nomes, o emedebista disse ser radicalmente contra a proposta que visa abrigar adversários do passado do governo Cameli. “Outro absurdo dessa minirreforma é a criação de uma secretaria para abrigar antigos adversários políticos, petistas na realidade que vão compor o atual governo, como já estão compondo”, afirmou.
O parlamentar emedebista chegou a apresentar uma emenda à proposta enviada por Gladson. Roberto Duarte sugeriu que o governo não criasse mais 450 cargos e sim trabalhasse apenas com os 900 já previstos na reforma do ano passado. Mas, foi voto vencido. Por cinco votos contrários e quatro favoráveis, a emenda não foi incorporada ao texto original do PLC n° 7/2019. Os membros das comissões de Serviço Público, Orçamento e Finanças e Constituição e Justiça disseram não à proposta do emedebista.