Uma semana depois de ter sido baleado com três tiros após sair de uma festa em um hotel de Rio Branco, o adolescente Antônio Railan Cruz da Silva, de 17 anos, morreu na terça-feira, 21. A informação foi confirmada pelo irmão da vítima, Robson Cruz.
Conforme o irmão, Silva teve a morte cerebral constatada pelos médicos do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco, onde estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ainda na segunda. O corpo do adolescente foi velado em uma igreja do bairro Adalberto Aragão.
O delegado que estava responsável pelo caso, Karlesso Nespoli, afirmou que, com a morte do adolescente, o inquérito deve passar para a Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa. Segundo ele, ainda não se tem informações a respeito de possíveis autores do crime.
“A investigação estava em andamento, como o adolescente não melhorou, a gente não conseguiu falar com ele. Agora, vamos encaminhar, ainda nesta terça, todos os autos, imagens e outros elementos para a DHPP dar prosseguimento no caso. O que posso falar é que a gente ainda não tinha nada de objetivo que possa ser divulgado”, afirmou o delegado.
Confusão na festa
Em reportagem publicada um dia após o crime, o irmão da vítima chegou a relatar que a família não sabia que o rapaz estava na festa e que a informação é de que ele teria se envolvido em uma confusão quando foi atingido pelos disparos.
“Ele saiu para ir a essa festa e não nos avisou. Só soubemos da notícia que ele tinha sido baleado. Pelo que soubemos, ele se envolveu em uma confusão dentro dessa festa e por lá aconteceu essa fatalidade”, disse Cruz na época.
Conforme o irmão, Silva foi atingido com dois disparos na cabeça e outro o peito.
No último dia 14 de maio, o então delegado informou que o rapaz tinha sido atingido pelos disparos no estacionamento da festa e que ainda não sabia se tinha ocorrido briga. “Até agora ninguém deu depoimento dizendo que teve briga. Ainda estamos analisando essa questão”, afirmou.
O delegado destacou também na época que nada foi levado do adolescente, então no primeiro momento da investigação, seria descartada a possibilidade de tentativa de latrocínio.
O organizador do evento, Gabriel Machado, explicou que a festa era uma sunset, onde artistas de vários ritmos musicais foram tocados. Ele falou ainda que lamenta muito o ocorrido com o jovem, mas garantiu que a briga não foi dentro da festa.